Relações Públicas no século XXI - Imagem empresarial

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Continuando a parceria com a disciplina Consultoria em RP, hoje trazemos o texto das colegas Francine Weis, Sulimar Cená, Tábata Sulzbacher e Vanessa Britto.


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A globalização na sociedade do conhecimento torna muito mais evidente e necessário a busca da otimização no nível dos serviços prestados, relacionamento e a criação de uma opinião pública favorável junto aos públicos de uma organização. Assim, parece ser previdente uma avaliação nos padrões e formas de comunicação por meio de nós futuros profissionais de Relações Públicas.

Nesse contexto mundial, a junção de diferentes meios de contato é que faz a sociedade sentir a grande velocidade na comunicação e nas relações interpessoais, sob forte influência da tecnologia, no que atinge o poder da disponibilidade da informação em tempo real. Indo da internet, passando por outdoors, rádio e televisão, causam a nítida sensação de um excesso de informações a interagir com o cotidiano das pessoas.

Dentro desse contexto, é importante pensarmos como as empresas lidam com essa realidade e se isso realmente tem um reflexo positivo ou negativo dentro delas. Assim, é indispensável saber o que é imagem empresarial, como as organizações usufruem da mídia, a importância da opinião pública para uma empresa e finalmente o papel do profissional de Relações Públicas nesse cenário do século XXI.


Imagem Empresarial

O conceito de imagem empresarial pode ser entendido como o conjunto de ideias e valores transmitidos por uma empresa através de diversos meios, com a intenção de criar uma “personalidade” própria a ela associada. A definição de uma determinada imagem empresarial serve igualmente para estabelecer modos de atuação que diferenciem uma empresa das suas concorrentes.

A imagem criada de uma empresa é comparada a de um cidadão comum, geralmente a primeira impressão é a que fica. Uma vez causada má impressão, o caminho para a inversão do pensamento torna-se muito difícil, senão, impossível. Portanto, ter uma boa imagem de uma empresa é essencial para que ela continue crescendo e alcance o sucesso.


Mídia

A tecnologia tem provocado profundas transformações na sociedade em que vivemos. Tem, como consequência, formado uma nova geração de cidadãos adaptados às características, benefícios e perigos desta nova realidade. Uma geração 2.0, que dificilmente compra um jornal impresso, mas é muito bem informada através de portais e blogs. Não compra CDs, mas ouve e compartilha músicas com seus amigos. Além disso, os consumidores estão mais bem informados e esclarecidos e mais exigentes.

As empresas estão cada vez mais presentes nas redes sociais para buscar e manter diálogo com seus consumidores, numa clara alternativa ao modelo de interrupção das mídias tradicionais, que já não são tão eficientes com esse público. A partir da Web 2.0, todos passaram a ser ouvidos, a mídia deixou de ser uma via de mão única e passou a ser uma via de mão dupla.

Nesse mundo plano, a informação nunca foi tão fácil de ser adquirida. Os consumidores são editores de conteúdos e que tem o poder de acabar com a imagem de um empresa em poucos cliques.


Opinião Pública

Em qualquer organização, a informação é imprescindível ao processo de formação de opinião pública interna e externa.

Opinião pública é o que geralmente se atribui à opinião geral de uma sociedade. Quando se diz, por exemplo: "A opinião pública está pressionando o governo", significa que a sociedade civil, geralmente através da mídia e de meios comuns de comunicação, expressa uma posição de pressão ao governo.


  • A opinião pública está diretamente relacionada a um fenômeno social que poderá ou não ter caráter político. Ela é um pouco mais que a simples soma das opiniões.
  • É influenciada pelo sistema social de um país, de uma comunidade;
  • É influenciada pelos veículos de comunicação massiva;
  • Poderá ou não ter origem na opinião resultante da formação do público;
  • Não deve ser confundida com a vontade popular, pois esta se relaciona aos sentimentos individuais mais profundos;
  • Depende e resulta de uma elaboração maior;
  • Não é estática, é dinâmica.


Os desafios dos profissionais de Relações Públicas com a imagem empresarial.

É preciso estar atento aos avanços da tecnologia, à inovação dos processos gerenciais e ao ajuste do comportamento dos públicos e das organizações frente às permanentes mudanças na sociedade. Essas descobertas servirão para identificar seus públicos e analisar suas atitudes e seus relacionamentos.

Antes de tudo, é preciso ter uma visão sistêmica da empresa – tanto o público interno (funcionários) como o externo (comunidade, imprensa, governo, fornecedor, clientes, concorrência), devem ter a mesma imagem da empresa. A importância da opinião pública é extremamente relevante para a comunicação institucional e a formação de uma boa reputação passa pelas várias ações de comunicação dirigidas para os diferentes públicos, e por longo espaço de tempo

Um grande desafio que os profissionais de Relações Públicas estão enfrentando nesse século é a chegada da Web 2.0, que revolucionou a comunicação em todos os aspectos e esta, por sua vez, dá ao consumidor o poder de abalar a imagem de uma empresa.

É através das mídias sociais, capaz de promover o compartilhamento de informações através da interatividade, que os cidadãos podem manifestar suas opiniões e produzir seu próprio conteúdo.
Mudou-se a comunicação entre o indivíduo e o meio. O consumidor tem voz, vez e espaço. A nova dimensão de realidade propõe uma aproximação entre o cidadão e as instituições, promovendo a participação democrática e as possibilidades de discussões políticas, um espaço de troca de ideias, onde os participantes podem questionar e introduzir opiniões de assuntos em geral.

Assim dizendo, a empresa que investe em Relações Públicas e no relacionamento com a mídia convencional e com as novas mídias que estão surgindo estará preparada, com normas e procedimentos, para enfrentar as questões e emergências de comunicação no caso de crises institucionais.

Comments (3)

Uma correção! O texto é meu, da Fran Weis e da Tábata S tbm.

Muito boa a abordagem. Apenas sugiro uma revisão bibliográfica mais ampla (ou mais atual) sobre as diferenças conceituais entre "imagem" e "identidade". Esta noção de que relações públicas é construtor de imagem é bastante antiga, e hoje defasada - ao menos na terminologia.

Claro que é uma questão do tipo de autor ou corrente teórica que as autoras do post seguiram, e todos devem ser respeitados, mas tenho lido com muito mais frequência a distinção de que os esforços dos comunicadores vão na direção da estruturação/projeção de uma identidade (pelos mais diversos canais e atitudes e junto aos mais diversos públicos), porque a imagem é uma construção que não está na mão da empresa - já que é formatada dentro da cabeça de cada pessoa, segundo seus preceitos e seu nível de conhecimento e confiança frente o que esta organização disse ou deixou de dizer.

Quanto mais estas imagens formadas nos públicos (claro que influenciadas em boa parte pela identidade projetada pelos comunicadores e pela ação em geral da organização) forem consistentes e duradouras ao longo do tempo, surge então a ideia de reputação como somatória das imagens percebidas. A reputação vem da comunicação dirigida (como dito no texto), mas também da comunicação de massa, das atitudes dos funcionários, das práticas trabalhistas e contábeis da organização, da conduta histórica.

Espero que meus comentários, antes de qualquer conflito, despertem a vontade de adensar estes entendimentos.

Vanessa, desculpe o engano. Já está corrigido!

Muito obrigada pela visita e comentário ao blog, Rodrigo! Seus comentários são sempre enriquecedores para nós, que estamos aprendendo e em busca das teorias hoje existentes pelos autores! De maneira nenhuma suscitaria conflito! Obrigada mesmo!

Grande abraço!

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