Agências de comunicação: acompanhando a evolução dos tempos

0

Categorias: , , , ,

Lendo uma reportagem que saiu domingo na Zero Hora, achei bacana escrever sobre o assunto para o blog, pois é bastante pertinente ao tempo em que estamos vivendo.

A reportagem fala sobre a agência de publicidade Competence, que já está há 20 anos no mercado. Atualmente, contam com estruturas em Porto Alegre, Joinville, Ribeirão Preto, além de manterem unidades em Curitiba, Foz do Iguaçu e Brasília. Estão entre as quatro maiores agências de publicidade na região Sul, e já levaram muitos prêmios em cases de marketing de resultados. Possuem 32 clientes e trabalham com foco no offline, online e below the line. Como comenta João Satt Filho (diretor-presidente do Grupo Competence) à matéria, eles ainda ampliaram a plataforma de atuação incorporando novas tecnologias às mídias tradicionais.

No referido texto, conta a evolução desta agência, e destaca sua constante preocupação em mudar seu perfil para se adaptar às inovações tecnológicas. A agência passou de agência de publicidade à construtora de marcas, e esta evolução dá-se, principalmente, ao reposicionamento estratégico que a Competence faz para se adequar ao que o cenário exige.

Até aí tudo bem, mas o que me fez querer falar sobre o assunto foram outras declarações que tanto João Satt Filho deu, como também a um trecho que o jornalista da matéria comenta logo após a reportagem sobre a Competence, quando fala sobre o cenário das agências no Brasil.
Ainda com o diretor da Competence, ele ressalta que as preocupações na década de 90 não eram tão complexas quanto agora. Naquele tempo, bastava uma ideia criativa e colocá-la em anúncios que o trabalho estava pronto. Porém, atualmente, para esse mercado não basta apenas criatividade. Segundo Filho, “um efetivo crescimento do cliente requer mais do que uma marca conhecida, com grande visualização pública. É preciso um vínculo com o público por meio da identificação da marca”.

Complementando a matéria com o cenário das agências no Brasil, cita-se que um dos temas tratado em um anuário lançado esse ano (Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação e da Comunicação Corporativa 2010/2011) diz que “a transformação setorial e as significativas mudanças ocorridas na comunicação corporativa, que deixou de ter como foco único de trabalho a assessoria de imprensa e passou a abranger todo o espectro da comunicação corporativa e do relacionamento com públicos diversos”.

Pois bem, o que vê-se aí é uma declaração do que há certo tempo vem ocorrendo. As mudanças na comunicação como um todo estão levando para um ponto em comum: a comunicação integrada, principalmente na que foca em relacionamento on e off. E neste cenário, não há espaços para rivalidades. O que há é a necessidade e a exigência dos trabalhos cada vez mais convergentes à partir das qualificações de todos que compõem o escopo da comunicação. Sim, publicitários, marketeiros, jornalistas e relações públicas, e por aí vai. É o tempo da comunicação, da unificação das forças, objetivos e estratégias.

Outra questão ainda, é que essa matéria não especifica, mas podemos perceber a importância das Relações Públicas nesse cenário todo. Sei que há diversos blogs, há bastante tempo (o uniRP incluído) que falam, debatem e discutem o quanto nossa área já evoluiu e hoje se faz presença essencial nas organizações e agências estratégicas de comunicação. Mas uma que outra vez, talvez mais freqüente do que gostaríamos, ainda nos deparamos com pensamentos quadrados de que RP só faz evento, só “serve cafezinho”. Um pensamento tão ultrapassado, e por isso é importante esse tipo de reportagem, pois mostra cada vez mais o quanto nossa área é necessidade, juntamente com colegas de outras habilitações da comunicação, na sistemática do mercado e mundo organizacional de agora e de um futuro próximo.

A realidade ali fora é constantemente efêmera, modificando pensamentos, éticas, comportamentos e, principalmente, a sobrevivência. E quem não estiver preparado, conscientemente atualizado e evoluído para esse cenário, não terá espaço na terra das organizações comunicacionais.


---


Fonte: Caderno Dinheiro – Zero Hora. Por Marçal Alves Leite.

Relacionamentos de baixo custo e ótimos frutos

0

Categorias: , , , ,

Uma arte na gestão de relacionamentos, é isso que realmente caracteriza um profissional de Relações Públicas. Sabemos que o relacionamento organizacional para ser planejado, posto em prática e posteriormente mensurado necessita de recursos "$$" por parte da organização. Algumas poucas dispõem de Relações Públicas trabalhando diretamente com relacionamento, como é o caso do Grupo RBS que possui uma analista de relacionamento, que inclusive foi foco de minha monografia. Fiz um estudo que procurava identificar como os demais profissionais da comunicação corporativa do Grupo RBS (Rede Brasil Sul de Comunicação) avaliavam o trabalho da analista de relacionamento e o que para eles é uma ação de relacionamento.


Passado o estudo, tenho em mente uma posição clara: não é o evento que deveria ser o carro chefe do relacionamento, o evento é uma das muitas ações de relacionamento. Me preocupa, e isto foi questionado em minha banca, o quanto isso é passado aos alunos como se fosse muitas vezes a única maneira de se relacionar. Me frusta o evento estar ligado ao "estar se relacionando" tão fortemente. Parece que é uma posição já adotada por profissionais e organizações, e que virou rotina, uma regra. Ora, temos tantas outras armas, tantos artifícios, de baixo custo para a organização e que talvez podem soar como inovadoras para nossos públicos, e isso que me fascinou durante o estudo, conhecer estas outras ações, que profissionais podem se utilizar para fazer com que o stakeholder se aproxime e tenha uma relação de empatia com a organização. Sabem como encontrei estas ações? Através de curiosidade e do livro "Relações Públicas, teorias, contextos e relacionamentos" França, Grunig e Ferrari (2009).

Outros livros também relatam este contexto, mas sugiro, aos interessados, em especial este. Lembro de uma ação que é a chamada "acessibilidade" onde os stakeholders tem acesso a organização de uma maneira diferente, são convidados a participar da rotina dela, como ler cartas e atender telefonemas. Um outro exemplo também onde o profissional pode, juntamente com seus públicos estratégicos, compartilhar e propor melhorias a própria comunidade, discutindo os problemas emergentes, uma maneira de ser participativo na comunidade e semear esta semente para outras organizações. E o custo destas ações? Baixas, extremamente baixas. A transformação do mundo corporativo é baseada na competitividade, na produtividade e na redução de custos, e isso exige que nós, Relações Públicas, sejamos flexíveis, trazendo novos parâmetros de relacionamentos para as organizações.

O relacionamento contribui diretamente com a imagem da organização, e é difícil de ser mensurado para os gestores. Os autores deste mesmo livro citado anteriormente, propõem criar uma escala de atributos oriundos do relacionamento para mensuração. Uma escala que ilustre as vezes em que as partes envolvidas tem um controle sobre a outra, quantas vezes transpareceu um grau de confiança, de satisfação, de comprometimento entre as partes e se houve, durante a ação, um sentimento de troca, onde as duas partes se beneficiam mutuamente. Se este retorno for positivo é uma característica que o relacionamento está dando retorno para a organização.

Como comentado, o relacionamento é uma arte e precisamos ser artistas inovadores. Não quero desmerecer um evento, eu mesma já participei de vários que visavam um melhor relacionamento. Um evento também pode ter um baixo custo. Lembro de um evento que participei em sua organização, criado para reunir os profissionais já formados em Relações Públicas e graduandos da atividade, que visava o discurso da profissão através de uma mesa redonda com os já formados. Através de contatos, conseguimos com que o evento custasse para a organização apenas R$120,00, barato não? Aí entra também a colaboração de quem topou em participar.

Quero terminar dizendo que uma ação de Relações Públicas eficiente alcança os resultados esperados de maneira adequada resolvendo os problemas de acordo com os custo/benefício, criatividade e relacionamento.


---


As fotos abaixo são do evento comentado, realizado em novembro de 2008.



Profissional de Relações Públicas na área de Endomarketing

1

Categorias: , , , ,

Hoje no blog uniRP temos a entrevista de uma grande profissional aqui da cidade, Santa Cruz do Sul, que tem construído sua carreira de forma destacada e muito qualificada - Cátia Gollmann Pretto. Cátia se formou em Relações Públicas pela UNISC em 2006 e atualmente trabalha como Analista de Endomarketing do Hospital Ana Nery, também em SCS.

Cátia, o que te fez optar por RP na época do vestibular?

Na verdade, na época do vestibular eu não tinha muita noção do que queria seguir profissionalmente, e muito menos sobre a atuação de um profissional de Relações Públicas. Foi lendo um material de divulgação sobre os Cursos de Graduação da Unisc, que constatei que o perfil do RP tinha muito a ver comigo. Então apostei!

Durante o tempo na Universidade, o que tu procuravas fazer para adquirir experiência? Fez estágios?

Em primeiro lugar, levei sempre meu curso com muita seriedade e dedicação. Me empenhava nos trabalhos da faculdade com mesmo afinco e esforço que empregaria em um projeto real. Isto me proporcionou uma base teórica bem estruturada e me fez ter vontade de ingressar no mercado ainda no início da graduação. Mas como ainda estava muito “verde”, não consegui colocação. Então, resolvi me voluntariar. Fiz meu primeiro estágio, voluntário, na Agência Experimental de Relações Públicas da Unisc. Depois, com uma remuneração praticamente irrisória, comecei a estagiar em uma editora de pequeno porte. Para mim, o que importava no momento não era o salário, e sim, “largar na frente”. Lá prestava serviços administrativos e realizava algumas ações pontuais de comunicação e relacionamento com clientes. Dois anos mais tarde, participei de um processo seletivo bastante complexo para estágio em uma multinacional do ramo fumageiro. Lá permaneci por pouco mais de um ano e meio. Esta empresa foi minha segunda faculdade. Muitas das experiências no ramo da comunicação tive oportunidade de vivenciar lá.

É importante conciliar o aprendizado teórico da Universidade com a experiência prática do mercado? Por que?

Com certeza! A faculdade te leva a construir o conhecimento em cima de conceitos lógicos e experiências em instituições bem ou mal sucedidas, que contaram com a intervenção de condições que mudam constantemente. Devido a estas transformações, aquilo que um grande autor afirma hoje, pode estar obsoleto amanhã, ou ainda pode não ser aplicável para determinados casos. Assim, única forma de se “sentir” e avaliar estas condições mutáveis e peculiares, é estando em um negócio real. Além disso, o mercado em geral, faz o profissional de comunicação trabalhar com orçamentos reduzidíssimos, coisa que não é dimensionada na faculdade. Neste sentido, o teor de criatividade e jogo de cintura do comunicador precisa ser muito maior do que os setores que despendem de verbas volumosas, como comercial e vendas.

O que tu acha que um futuro profissional de RP deve ter nos dias de hoje? Qual a formação e quais especializações são importantes?

Acho que antes de qualquer coisa, o profissional precisa ter foco. Observamos constantemente nos processos seletivos, que os candidatos não têm objetivos para sua carreira e “atiram para todos os lados”. Realizam diversos cursos e especializações, na expectativa de serem conhecedores de tudo, mas acabam se tornando trabalhadores de conteúdo superficial. E isso faz com que não consigam atingir maturidade e experiência em nenhuma área específica. Depois de identificado o foco, aí sim o profissional deve buscar todo e qualquer tipo de qualificação possível. Como dica para quem está tentando definir um rumo, acredito muito na crescente ascensão da Comunicação em RH, e especificamente, do Endomarketing.

Fala um pouco do teu trabalho atualmente. Quais atividades e ações que tu desenvolve que são especificamente de RP?

Trabalho como Analista de Endomarketing no Hospital Ana Nery. Embora o setor ainda seja jovem na instituição, estamos implantando um Programa de Endomarketing que contempla ações de comunicação, incentivo, de qualidade de vida e de desenvolvimento dos colaboradores. O programa é global, por isso todas as ações estão interligadas e obedecem a um fluxo de implantação determinado pelo próprio movimento dos colaboradores. Dentre as ações, pode-se destacar como a mais expressiva, a instrumentação da comunicação através de canais e rotinas pré definidas, e segmentadas de acordo com nossos vários tipos de públicos internos.

Quais as ações de RP bem específicas que tu já implementou no teu trabalho e que surtiram efeito, que foi eficaz na proposta? Se foram várias, cite uma, para exemplificar bem como é o teu trabalho como RP.

Realmente são várias. Mas gosto muito de exemplificar o meu trabalho no Hospital Ana Nery, através do nosso Programa de Comunicação. Antes do surgimento do setor, a comunicação interna não era efetiva. Ela não era formal, não tinha cobertura total dos colaboradores e não estava segmentada de acordo com as diferentes condições do nosso público. Então, em cima de pesquisas e levantamentos, estabelecemos canais específicos e formais, onde uma mesma comunicação é disseminada de várias formas. Nossa cobertura hoje é quase total do nosso quadro funcional. E é justamente este fluxo comunicacional que deu sustentação para a implantação dos demais projetos de Endomarketing do Ana Nery.

Na tua visão de profissional que atua no mercado, o que a área de Relações Públicas contribui para o trabalho da comunicação nas empresas? Por que essa área é importante?

Eu entendo que a área de Relações Públicas conseguiu “profissionalizar” a comunicação nas organizações. Ela conseguiu mostrar que a comunicação não pode ser baseada em formatos padrões, em “achismos” e pode sim ser mensurada. Eu sou defensora de que a comunicação nas empresas, se não for gerida por um profissional de RP, deve, no mínimo, contar com alguém com esta formação na equipe. Isto porque o RP consegue se posicionar de forma mais estratégica e assim obter uma visão mais ampla e abrangente do negócio. Ele se foca mais na concepção, do que no processo em si.

Desde a época em que tu estavas na universidade, quando optou por cursar RP, até o momento, o que tu achas que se modificou em termos de (re)conhecimento do que a profissão de RP consiste? Estás notando avanço em relação à percepção da importância que nossa área tem no escopo estratégico e gerencial da comunicação nas empresas ou ainda encontras dificuldade em relação ao entendimento por parte das pessoas do que tu atua?

Percebo uma diferença imensa. Na época em que prestei vestibular, eu mesma não sabia muita coisa sobre a atividade de Relações Públicas, o que dirá meus pais e familiares. Durante a graduação, comecei a reparar um gradual e lento amadurecimento da compreensão das organizações e das pessoas em relação ao escopo da profissão. Hoje, noto que o mercado, além de ter total consciência das atividades pertinentes ao profissional de Relações Públicas, tem também convicção da sua importância, e mais do que isso, da sua necessidade. Penso que nos anos seguintes, a transformação que está por acontecer é a inserção das Relações Públicas nos cargos de alto escalão dentro das organizações. O que indica esta tendência, é o fato de a maioria das empresas já considerar o RP um profissional estratégico, e por isso liga-o diretamente à diretoria.

É muito comum vermos as pessoas confundirem endomarketing com comunicação interna, não sabendo diferenciar que ambas as atividades desempenham funções distintas, porém o público-alvo é o mesmo. Especificamente, o que o Ana Nery procura desenvolver com os colaboradores? A meta é pontualmente o endomarketing, ou vocês desempenham a comunicação interna em si também?

A comunicação interna trabalha com a socialização da informação de uma organização. “Socialização”, porque atua no processo comunicacional em dois sentidos opostos, que se complementam: conduz a comunicação corporativa para os colaboradores, e capta a comunicação formal ou informal dos funcionários, para, ou em relação à instituição. Já o Endomarketing extrapola a comunicação, promovendo ainda uma série de outras ações, tenham elas foco em satisfação pura e simplesmente, qualidade de vida, treinamentos, trabalhos motivacionais, entre muitos outros. No Ana Nery, nós trabalhamos com ações que podem ser consideradas como típicas de Endomarketing, pois abrangem várias frentes. Mas nosso produto de maior notoriedade e importância, que inclusive sustenta todos os demais, sem dúvida é a comunicação interna.

E pra finalizar, o que tu daria de recado aos estudantes de Relações Públicas, que querem seguir essa área mas ainda não estão inserido no mercado de trabalho? O que é importante, ao teu ver, já ir em busca enquanto se está na academia?

Na minha opinião, é nesta época que se define o perfil profissional futuro que teremos. Quanto mais dedicação e mais empenho nesta fase, menos precisará ser feito depois. Claro que este “menos”, representa quase nada, porque a corrida em busca de sucesso profissional se inicia mesmo no momento em que abandonamos a faculdade. Mas é muito importante, na época da graduação, ter a maturidade necessária para aproveitar todas as palestras, participar de eventos, tornar-se conhecido e iniciar a construção da sua rede de contatos. Para isso, inclusive, os professores são grande aliados, pois indicam para os acadêmicos diversas organizações com potencial para absorver estagiários e profissionais graduados. Ainda, recomendam às organizações, os bons alunos e prováveis bons futuros profissionais. Além disso, leia muito, busque cases e canditate-se a estágios voluntários, que sempre são muito enriquecedores na construção do conhecimento e da experiência.








"Hoje, noto que o mercado, além de ter total consciência das atividades pertinentes ao profissional de Relações Públicas, tem também convicção da sua importância, e mais do que isso, da sua necessidade". - Cátia Gollmann Pretto, Relações Públicas







Gerenciamento de crise, perigo e oportunidade

0

Categorias: , , ,

Olá pessoal ! Escrevo hoje para estrear a minha participação como colaboradora do blog uniRP. Para este começo gostaria de discutir com vocês um pouco mais sob o tema Gerenciamento de crise, perigo e oportunidade.


Em meio as últimas notícias de catástrofes ambientais e desastre climáticos, que afetaram e estão afetando o nosso país e outras regiões no mundo, os momentos de comoção das pessoas e solidariedade afloram instintivamente. Após esta primeira reação de ajuda a quem necessita, surgem os inevitáveis questionamentos: será que nada disso poderia ter sido previsto? Quais ações seriam possíveis de serem realizadas para diminuir as proporções das vítimas e dos danos materiais?

Os Relações Públicas buscam de maneira constante mostrar as empresas, organizações e seus gestores a importância de estarmos preparados em momentos de crise e o diferencial resultado na imagem e reputação de quem está preparado para o de quem espera acontecer para agir.
A conscientização começa a ocorrer de maneira mais significativa, mas percebemos que ainda temos um longo caminho a ser trilhado. Percebe-se o despreparo ainda existente nesta área quando situações ocorridas de maneira semelhante, passam a se repetir, como foi o caso do ocorrido no Rio de Janeiro em dezembro de 2009 e agora novamente em janeiro de 2011, quando houveram vários deslizamentos de terra e alagamentos que acabaram vitimando inúmeras pessoas e trazendo prejuízos incalculáveis à região.

Após o segundo incidente, o governo inicia a mobilização de um plano de alerta que deverá estar disponível em quatro anos. Enquanto isto a Austrália começa a ser atingida pelo ciclone “Yasi” considerado pelos meteorologistas um dos de maior força das últimas décadas, evacuando casas, áreas públicas e hospitais levando as pessoas para abrigos. Claro que os estragos em níveis materiais nesta situação ficam quase impossíveis de ser controlados, mas as ações de gerenciamento de crise com certeza irão evitar que muitas pessoas possam ser feridas.


É de suma importância o trabalho do profissional de Relações Públicas na condução deste processo de gerenciamento de crises, neste enfoque que vem ao nosso encontro de maneira mais contínua que são os potenciais perigos ambientais. Claro que temos nesta área nos complementar de conhecimentos específicos de vários outros profissionais para integrar o processo como um todo. No entanto, a elaboração do processo continua a mesma, o primeiro passo, planejamento, preparação, análise dos potenciais riscos e como se deve lidar com esses. Na sequência partimos para a estruturação de uma equipe de comunicação de crise, elaboração do plano de crise com a definição do porta-voz, montagem do plano de comunicação interna e definição da estratégia de mídia.

John F. Kennedy, nos propõe uma reflexão sobre crise, quando diz o seguinte, "Quando escrito em chinês a palavra crise compõem-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade."

Produção de eventos através das experiências da Opinião Produtora

0

Categorias: , , ,

Entre os dias 24 e 27 de janeiro deste ano, participei de um curso de férias da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Um curso bem específico: Produção de eventos através das experiências da Opinião Produtora. Gostaria de compartilhar um pouco do que aprendi com vocês.

Durante toda a graduação tive apenas uma disciplina específica de eventos. Muito bem aproveitada por sinal, com aulas teóricas e espaço para a realização de atividades práticas. Mas ainda assim foi pouco. Este é um nicho tão grande, mas tão grande, que não teria como abordar tudo. Falo de eventos empresariais, públicos, políticos, sociais, culturais, etc. Então, por estar trabalhando nessa área, achei interessante aprofundar mais nesse assunto.

Em atividade desde 1992, a Opinião Produtora, localizada em Porto Alegre, é reconhecida como um dos expoentes nacionais no setor de gerenciamento de espetáculos culturais e projetos e eventos empresariais. Tem sua origem no Opinião, casa de espetáculos fundada em 18 de outubro de 1983. A produtora foi a realizadora de shows de artistas como R.E.M., Red Hot Chili Peppers, Kiss, Metallica, Iron Maiden, Mark Knopfler, Lenny Kravitz, Eric Clapton, Norah Jones, Rush e Circo Imperial da China na Região Sul do Brasil. Também foi uma das empresas ativas na realização do Tim Festival, do festival Caminhos do Prata (Uruguai) e no Festival Sud à Sul (Sanary-sur-Mer, França).

Pelo currículo já dá pra perceber que experiência com evento é o que não falta. Então foram três dias com aulas bastante intensas, onde pudemos aprender sobre: indicação de shows, pesquisa de execução e mercado, potencial de venda de ingresso e patrocínio, negociação de shows, promoçaão, plano de mídia, divulgação, plano de comercialização e assessoria de imprensa, logística,a interpretação de rooming list, transporte e alimentação, interpretação de rider, palco, som, luz, energia, produção de site, entradas, segurança, abertura de portas, postos de saúde, etc. Muita coisa interessante! E o melhor, conteúdo transmitido através da experiência de quem realiza isso diariamente. Se dúvida, muita história pra contar.

No quarto e último dia de aula, realizamos uma visita técnica ao Pepsi on Stage e Bar Opinião, ambos administrados pelos sócios da Opinião Produtora. Não posso deixar de comentar um case usado nas aulas, sobre a realização do show da banda Metallica em Porto Alegre, que teve um incidente bastante interessante. Dez dias antes do show e com muitos ingressos vendidos, o local foi embargado pela prefeitura. Não bastando, a imprensa começou a divulgar que o show seria cancelado. O que fazer? Pura gestão de crise. O que eles fizeram? Inventaram, criaram um novo espaço pra shows em 10 dias.

É disso que eu falo, de estar sempre a mil. Nada de desorganização, mas saber lidar com imprevistos. Trabalhar com essa adrenalina é realmente fascinante. É o que motiva.


---


Fonte: www.opiniao.com.br

O valor das ideias

1

Categorias: , , ,

Olá, hoje é minha estreia por aqui! Então, que tal discutirmos sobre o valor das ideias?

Bom, sou sócia da Adega de Ideias – Agência de Relações Públicas de Santa Cruz do Sul – e ocupo o cargo de Diretora de Projetos. Pensando no processo, sou aquela que atende o cliente, e diante da necessidade do negócio dele, elaboro uma proposta de relações públicas: tento mapear os públicos e as estratégias para alcançá-los.

No momento da criatividade, muitas ideias acontecem e tudo vai para o planejamento, cada uma delas contribuindo para um ponto específico do tal caminho estratégico que chamamos de planejamento. Pois bem, chegando na hora do orçamento, a “bucha”: Mas qual o valor monetário das ideias?” Um dia um cliente nosso, diante do orçamento que apresentamos, disse: “Proposta aceita, afinal, quão difícil sabemos que é mensurar o valor do conhecimento”!

Que sorte a nossa de ter um cliente desses, pois o que acontece é justamente isso: no meu caso, estudei 8 anos Relações Públicas e agora há de ter o retorno por tanto investimento nos estudos. Diante de cada estratégia, de cada ideia, está impregnada todas aquelas horas de aula, de trabalho, de leitura de livros, de estágios, enfim...

Mas muito mais do que mensurar monetariamente o valor das ideias é saber vendê-las e fazer com que elas façam sentido para a empresa do cliente. Penso que a grande sacada seja esta: a boa ideia, aquela que sustenta financeiramente a nossa Agência de RP, é aquela que traz significado para o cliente, que traz uma projeção do que a empresa dele pode atingir com um trabalho de RP! E quando ela “cai” na mente do nosso cliente e ele consegue enxergar um espaço melhor para a sua empresa, essa ideia sim, ela não tem preço!

Related Posts with Thumbnails
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...