Relações Públicas online

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Ao pensar as Relações Públicas, que atuam em prol das organizações e seus públicos, temos o que a autora Margarida Kunsch teoriza como: o desempenho das funções essenciais e específicas de Relações Públicas se materializa por meio da realização das correspondentes atividades profissionais. Essas atividades são inerentes ao processo de relacionamento das organizações com seus públicos e ao campo da comunicação organizacional, dentro da especificidade da comunicação institucional e da comunicação interna.

Na Internet isso não é diferente. Para estar presente, atuante, estrategicamente posicionada e relacionada com os diversos públicos internautas presentes na rede mundial de computadores, é necessário para as empresas um bom planejamento, monitoramento e acompanhamento profissional adequado das práticas digitais com os seus públicos na Web. Para isso, conta-se com o auxílio profissional da área de Relações Públicas que, da mesma forma em que rege a comunicação e o relacionamento entre organização e públicos no ambiente offline, irá colaborar para essa prática também no universo online.

A atuação das organizações na Web, para que seja positiva e eficaz, é de grande importância a presença e o acompanhamento das Relações Públicas, mediando as interações online entre empresas e seus públicos. Uma vez que relacionamento é o ato de se conviver com os semelhantes, essa prática é ainda mais potencializada na Internet, pois todos ali presentes estão em um mesmo patamar, com interesses e desejos iguais, interagindo e compartilhando todo tipo de conteúdo.

Além disso, a procura por qualquer tipo de informação de determinadas empresas, seja da natureza que for, é extremamente forte no universo digital, fazendo com que o preparo das organizações seja redobrado, assim como sua atenção, em atender da melhor maneira possível essa procura por parte dos internautas. Caso eles não encontrem o que procuram, as consequências podem ser negativas e prejudiciais para a imagem e reputação das empresas, pois os usuários tendem a tomar como verdadeiras qualquer informação que encontram presentes na Web, sendo elas da fonte que for (ou seja, das próprias empresas ou de outros usuários).

Portanto, uma empresa que deseja estar presente na Web precisa contar com profissionais preparados e com potencial sempre atualizado, seja por intermédio de agências de comunicação e Relações Públicas digitais ou por um próprio profissional que venha a atuar diretamente dentro da empresa.

E esta, por sua vez, deve entender a importância dessa área presente nas suas práticas organizacionais, pois na atual globalização, a empresa que não se relaciona bem, não demonstra preocupação e consideração com os seus públicos de interesse, não garantirá um lugar na preferência dos mesmos, nem mesmo uma posição competitiva a altura da concorrência.

A conduta a ser adota é a de preparação para os princípios básicos de atuação na Web e, depois, uma adequada e estratégica presença digital, seguindo: relacionamento e engajamento com os públicos, diálogo e conversação simétrica e de mão dupla, ou seja, falar e também escutar, dar retornos significativos e garantir que as informações sobre as marcas estejam sendo repercutidas de maneira fidedigna.

Caso isso não ocorra, o plano de atuação em momentos de crise deve estar muito bem preparado, pois esses momentos não estão impossibilitados de acontecerem, mesmo na Internet. Pelo contrário, por se tratar de um ambiente fértil, que possibilita a rapidez e a instantaneidade, as informações correm de forma extremamente rápida, podendo fugir do controle das empresas.

O mundo das Relações Públicas se destaca nesse novo ambiente digital, uma vez que pode mostrar liderança e importante papel como receptores de informações e desejos dos clientes internautas das empresas, auxiliando positivamente a interação e o engajamento com os públicos que estas devem visar ao estar na Web.

Sendo assim, nesse ambiente online, ou a Web 2.0, a web da interação e da personalização das práticas digitais, também a área de Relações Públicas recebe tal designação, ou seja, Relações Públicas 2.0, pois se caracteriza pela mediação e interação, seja pelas organizações ou pelas agências comunicacionais, com os públicos na rede, especialmente no que diz respeito às expressões e manifestações desses nas mídias sociais.

Tem-se então que Relações Públicas 2.0 se configura na evolução do cenário virtual, uma vez que possibilita o diálogo e o relacionamento de mão dupla, práticas próprias da área desde a sua criação, ou seja, quando se fala em mídias sociais e Internet 2.0, se fala também em Relações Públicas – e, nesse caso, a 2.0.

A Internet é uma realidade constatada, suas possiblidades são infinitas, mas o conviver social e físico, ou seja, o ambiente offline, ainda existe e exige as mesmas atenções de sempre. Portanto, cabe aos Relações Públicas desempenhar suas funções de forma plena, inteligente e competente, visando e abrangendo todos os universos disponíveis para o atuar das empresas, mantendo sempre o positivo diálogo, relacionamento e tratamento para com os seus públicos de interesse.


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Referências:

KUNCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus; 2003; 417 p.

TERRA, Carolina. Usuário-mídia: a relação entre a comunicação organizacional e o conteúdo gerado pelo internauta nas mídias sociais. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo – Escola de Comunicações e artes. 2011. 137p.

XVI Semana Acadêmica da Comunicação - UNISC

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Semana que vem, de 26 a 30 de setembro, acontece a XVI Semana Acadêmica do Curso de Comunicação Social da UNISC - a Seacom!


Com o tema "Caminhos da Comunicação", traz grandes palestrantes de renome no cenário nacional abrangendo nossas 4 habilitações - jornalismo, publicidade e propaganda, relações púlicas e produção em mídia audiovisual.


Confiram abaixo a programação da Seacom:


26/09 Segunda-feira

19 horas - Abertura Seacom

19h15 - Lançamento Younisc

19h30 - Palestra: CHEGA DE BLÁBLÁBLÁ - A comunicação depois da Revolução Digital com Felipe Anghinoni [Foi diretor de criação da Live Ad, onde atendeu marcas como Nike, Google e Yahoo]. Desde 2008, é diretor de Whatever da Perestroika, Escola de Criação.

Local: Anfiteatro do bloco 18

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27/09 Terça-feira

8 horas - Palestra: Estratégia, Inteligência, Marketing com José Henrique Westphalen e Caroline Batista da Penso Idéias, agência de marketing especializada no desenvolvimento de negócios.

Local: Anfiteatro do bloco 18

14 horas - Oficina: Som de cinema na prática com Kiko Ferraz, Christian Valsz e Felipe Marques - Kiko Ferraz Studio, Kiko é graduado em Publicidade e Propaganda pela PUCRS e em Engenharia de Som pelo Musicians Institute, Hollywood (EUA). Christian e Felipe fazem parte da equipe do Kiko Ferraz Studio.

Local: Laboratório 09 - bloco 17

14 horas - Sessão da tarde: A Invenção de Mentira.

Local: 1507 - bloco 15

19 horas - Lançamento do livro Fotojornalismo e Legalidade 1961, do fotógrafo Cláudio Fachel.

19h10 - Palestra: Som de cinema com Kiko Ferraz, Christian Valsz e Felipe Marques - Kiko Ferraz Studio, Kiko é graduado em Publicidade e Propaganda pela PUCRS e em Engenharia de Som pelo Musicians Institute, Hollywood (EUA). Christian e Felipe fazem parte da equipe do Kiko Ferraz Studio.

Local: Anfiteatro do bloco 18

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28/09 Quarta-feira

8 horas - Palestra: Construa sua Presença Digital Saudável com Alexandre Barreto administrador e produtor cultural independente. Trabalha com foco na organização e qualificação dos profissionais de arte, comunicação, cultura e entretenimento.

Local: Anfiteatro do bloco 18

14 horas - Oficina: Aprenda a fazer um show, com Alexandre Barreto

Local: 1310 - bloco 13

14 horas - Sessão da tarde: A Rede Social

Local; 1507 - bloco 15

19 horas - Lançamento do livro Cellophane Flowers, do jornalista Mauro Ulrich

19h15 - Palestra: A trajetória de um jornal de jornalistas sob o regime da ditadura", com Rafael Guimarãens e Clô Barcelos. Jornalistas. O primeiro é escritor e um dos criadores do projeto do Cojornal. Clô também é designer gráfico e coordenadora do projeto de resgate da memória do Cojornal.

Local: Anfiteatro do bloco 18

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29/09 Quinta-feira

8 horas - Palestra: Construção e Gestão de Marcas com Marta Becker, diretora executiva da Martha Becker Assessoria de Comunicação e Diretora da Abracom da Região Sul - Associação Brasileira das Agências de Comunicação.

Local: Anfiteatro do bloco 18

14 horas - Oficina: Leitura de Portfólios com Eduardo Tavares, fotógrafo e jornalista. Ganhou oito prêmios internacionais de fotografia, sendo o 2º lugar do Nikon Photo Contest International de 1992 o mais destacado. Publicou oito livros com fotos suas. Criou um banco de imagens com mais de 100 mil fotos.

14 horas - Sessão da Tarde: Lixo Extraordinário

Local: 1507 - bloco 15

19 horas - Palestra: Fotografia Digital, a Popularização da Linguagem Fotográfica com Eduardo Tavares, fotógrafo e jornalista. Ganhou oito prêmios internacionais de fotografia, sendo o 2º lugar do Nikon Photo Contest International de 1992 o mais destacado. Publicou oito livros com fotos suas. Criou um banco de imagens com mais de 100 mil fotos.

Local: Anfiteatro do bloco 18

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30/09 Sexta-feira

8 horas - Palestra: Pixels em fúria. A linguagem digital. Marsal Alves Branco. Sócio-diretor da llinx Entretenimento, desenvolvedora de games. Tem experiência na área de games, narrativa, interfaces, ludologia e estratégias comunicativas.

Local: Anfiteatro do bloco 18

14 horas - Oficina: Uma tarde com games, com Gersob Klein, designer. Graduado em design pela UFSM. Já trabalhou na Abril Cultural, HOPLON, South Logic e Ubisoft.

Local: Laboratório 09 - bloco 17

14 horas - Sessão da Tarde: Intrigas em Rede

Local: 1507 - bloco 15

19 horas - Palestra: Práticas para a Boa Comunicação Corporativa 2.0 com Marcia Ceschini, consultora de Comunicação e Marketing Digital. Bacharel em Relações Públicas pela Unesp Bauru. Especialista em Gerenciamento de Marketing pelo INPG Business School, Araraquara.

Local: Anfiteatro do bloco 18

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Mais informações, notícias, acessem o site da Seacom - http://hipermidia.unisc.br/seacom/

Histórias de RP pelo mundo: a eclética trajetória de Sulamita Gomes

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Sulamita Drubi Gomes é Doutoranda em Comunicação Audiovisual e Publicidade pela Universidade da Coruña na Espanha; onde também cursou Mestrado em Direito: especialidades em Estudos da União Europeia. Ela começou a carreira com o curso de RP na Universidade Tiradentes/UNIT em Aracaju/SE finalizado em 2004, mesma cidade onde fez especialização em Gestão da Comunicação pela Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe/FANESE. Mas a Espanha já entrou na sua vida menos de dois anos depois.

O trabalho de Sulamita em território espanhol é eclético. Ainda que basicamente venha sendo na realização de pesquisas, observações, auditorias e promoção de eventos, como feiras de negócios, ela desenvolveu outras facetas. Atuou também como colaboradora em uma ONG de cooperação internacional por mais de um ano, além de ter sido locutora de rádio da universidade numa equipe de seis estrangeiros e um espanhol que falava de vários temas como a União Europeia, educação, trabalho, espiritualidade, sexualidade, segurança alimentar e meio ambiente. Com transmissão via web, tinham ouvintes de várias partes do mundo.

E aproveitar o tempo parece ser sua especialidade: fez cursos de inglês, internacionalização de pequenas e médias empresas, criação de empresas, gestão administrativa, manipulação de alimentos, língua e cultura galega e implantação das Normas ISO 9000 de Qualidade e ISO 14000 de Meio Ambiente. Isto tudo é resultado de sua imensa curiosidade. Aliás, sobre ir para o exterior, ela fala: “eu tinha sede de descobrir e entender outras culturas, além de aprender outro idioma. Quando saímos, temos oportunidade de ser mais criativos e isso ajuda a pensar em momentos de crise ou de tristeza”.

A Espanha está passando por uma crise financeira, como vários outros países europeus e de outros continentes, e consequentemente há menos oportunidades de trabalho. Uma alta carga tributária é outro ponto negativo por lá. Para os RPs especificamente, Sulamita visualiza maiores chances em geral nas grande empresas. “Nos meus quase cinco anos vivendo na Espanha, ainda não conheci uma empresa pequena com um profissional de Relações Públicas, tal como acontecia no Brasil quando sai”, relata. Naquele país, a carreira é unificada em Publicidade e Relações Públicas – publicista e relaciones públicas ou ainda publirrelacionista. Nisto, cria-se um equívoco sobre o que é ser um RP e várias vagas na verdade seriam direcionadas a profissionais de vendas.

Sulamita mantem vínculo com o Brasil. É investigadora do Grupo de Sociedade Midiática em Goiás, na linha de pesquisa Opinião Pública, que tem como objetivo estudar os fenômenos da formação da Opinião Pública na sociedade moderna intermediada pelos meios de comunicação de massa. O trabalho está cadastrado no CNPq e é certificado pela Universidade Federal de Goiás/UFG, sob liderança dos professores-doutores Simone Tuzzo e Claudomilson Braga.


OBS: este post faz parte de uma ação coletiva entre vários blogs para comemorar o Dia Interamericano de Relações Públicas, marcado em 26 de setembro de cada ano por conta da data de fundação da FIARP, hoje Confederação Interamericana de Relações Públicas/CONFIARP. Foram entrevistas realizadas via internet pelo RP Rodrigo Cogo, do portal www.mundorp.com.br, e compartilhadas agora.

Já participaram o blog Ser.RP com “Histórias de RP pelo mundo: o início de carreira de Célcia Chilaúle”; o blog Comunicação e Tendências com “Histórias de RP pelo mundo: o reposicionamento conceitual de Fábio Procópio”; o blog Rede RP com “Histórias de RP pelo mundo: o apelo internacional de Cassandra Brunetto”; o blog Versátil RP com “Histórias de RP pelo mundo: o trabalho desbravador de Sônia Costa”; o blog RP&PP com “Histórias de RP pelo mundo: o aprendizado de Juliana Schneider”; e o blog A Bordo da Comunicação com “Histórias de RP pelo mundo: as opções criativas da Mayra Martins”. Amanhã, dia 23 de setembro, você pode ver mais um breve relato de profissionais da área no blog RPitacos, com o post “Histórias de RP pelo mundo: a visão acadêmica da Marcela Donatello”.

Conteúdo e Criatividade

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Internet, que mundo louco e cheio de coisas novas a todo instante, novas e criativas! Resolvi falar sobre isso no meu post depois que vi dois vídeos muito legais de um ex colega da Unisc bombando no youtube. O que isso tem a ver com RP? Tem muita relação sim, quando se trata de comunicação estratégica, virais de uma determinada marca podem fazer toda a diferença, quem não viu o Eduardo e Mônica da Vivo?

Pois então, sempre quando assisto a vídeos engraçados, curiosos e diferentes, penso na motivação que se teve para fazê-lo. Conversei com o aluno da UNISC, que cursa Produção em Mídia, Gibran Sirena, para entender melhor as suas motivações. Ele disse que sempre gostou de música e tudo começou como a maioria dos trabalhos, na faculdade ou nas brincadeiras com os amigos. O primeiro vídeo dele foi quando fez um funk da Tessália Serigheli ex BBB, funk da @twittess - melô do #fifitififiti. Olhem aí o que o Gibran inventou:




Gibran diz que sempre procurou fazer vídeos que estão em pauta, segundo ele "dão um buzz legal". Depois do vídeo da Tessália, Gibran fez uma brincadeira com o novo plugue de tomada que o Brasil implantou. Segue o vídeo para quem quiser olhar: (Ele deve ter aprendido isso montando Lego!! #certo!).





Depois veio um vídeo que explorou muito a linguagem da internet, o "Funk do Mortal Kombat" . Segundo Gibran o que dá mais visualização no YouTube é animais, crianças, bizarrices de uma forma geral, e esse vídeo tem muito de tudo isso, tanto que parece um spot de campanha política, não paramos de cantar depois que ouvimos. (Sub - Zero, Sub - Zero, Sub - Zero, Sub- Zero....eu escolhia o Sub- Zero....)! Além disso, o vídeo rendeu uma participação no programa da Eliana, nacional e de audiência, e no evento YouPix.





Ainda tem o viral da Oktoberfest deste ano em Santa Cruz do Sul. Muito bem feito, criativo, com um bom roteiro e ótimo ator. (Preciso dar crédito para o meu amigo Pedro, néh?)





As pessoas geralmente adotam o vídeo para si quando se identificam, achando graça ou por algum interesse e aí compartilham com seus amigos. É pensando nisso, nessa interatividade que a internet proporciona hoje que as empresas pensam e adotam meios para fortalecer seus produtos. O YouTube é um canal para se divulgar também, para quem posta vem o prestígio, basta ter uma identidade, procurar empresas que gostem da proposta de divulgação e que consigam encaixar um produto com o conteúdo e a proposta do YouTube. Esse foi o caso da marca Skiny de salgadinho e que rendeu o vídeo abaixo produzido pelo Gibran.





Quero dizer que com criatividade se consegue muita coisa, às vezes pequenas empresas não têm grana para investir em grandes anúncios, campanhas e aderem a essa nova maneira de fazer publicidade, que pode ser muito mais eficaz, e para isso basta um estudo de público, um produto e alguém muito criativo para fazer. O Gibran costuma enviar o conteúdo de seus vídeos para blogs e divulga nas redes sociais para ter mais acessos, a mesma maneira que as agências utilizam para divulgar um viral, lembrando que essa é uma maneira barata de se fazer comunicação para quem vai investir.

Créditos do uniRP para o Gibran e a todos aqueles que o auxiliaram na produção destes vídeos. Para quem quer conferir todos os vídeos do Gibran, acessem seu canal no YouTube.

Em tempo: Sub - Zero, Sub- Zero, Sub - Zero..... eu escolhi o Sub - Zero!!

Sustentabilidade também é gente?

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A fila chegava à porta. Jovens segurando as mochilas com os emblemas dos seus cursos estampados - mochilas de sonhos. Ternos, também se viam ternos, colares de pérolas e saltos altos. Independente da profissão e da diversidade social, estavam lá cerca de 300 pessoas, não sei bem o motivo, mas eu já gostava deles. Assim começava o Start – Seminário de Sustentabilidade, ocorrido na última semana em Porto Alegre.

Engana-se quem vai à eventos, palestras ou seminários achando que vai sair com as respostas prontas para encarar o mundo. Mas, o interessante da história toda é que quando verbalizamos as coisas, elas começam a tomar forma. Exato! Freud estava certo. E penso que com a sustentabilidade o caminho tem que ser este, conversar e polinizar as ideias. Foi o que fizemos.
Ok, o discurso é muito bonito, mas e a prática? Alguém aí anda discutindo sobre o tema com os amigos? Ou fica sempre aquela sensação: é um tema muito complexo e eu nunca sei o que dizer ou como me posicionar sobre o assunto?

Chegamos ao cerne da questão: será que a sustentabilidade também é gente? Ou seja, qual é o lado humano da sustentabilidade?

O tema sustentabilidade ainda é comumente abordado com complexidade, o que acaba por afastar as pessoas do assunto, o que é lógico, o que não é entendido, não merece importância, é um sentimento natural. Além disso, sobre a abordagem do tema, o discurso também se concentra na culpa, ficamos achando que somos os grandes culpados e impotentes morando na Terra, que somos os grandes sugadores de suas riquezas. Não há um discurso aproximativo.

Então, cabe a todos nós - pois todos somos formadores e disseminadores de informação - encontrar formas e ferramentas para tornar o assunto mais palpável, fazendo com que as pessoas despertem e visualizem ações nas suas vidas (talvez não conseguimos ser mais ativos por não enxergamos os impactos na nossa própria vida, no nosso escritório, na nossa casa).
Assim, eu lhes digo: a sustentabilidade também é gente! Talvez ela seja só isso. Ela depende, unicamente, da nossa educação, porque conscientes e sensibilizados nós já estamos. Ela depende de um passo, de uma definição coletiva, ela depende de uma inteligência coletiva. Mais uma vez digo: sustentabilidade não tem a ver com processos, mas com pessoas, com a mudança de atitude que pode surgir delas, máquinas nem softwares substituirão isso.

Talvez o nosso maior erro seja pensar que pequenas ações não fazem a diferença e assim nos acomodamos num mundo que gostaríamos de ver diferente. Comece de alguma forma: troque as lâmpadas fluorescentes, crie uma composteira no seu prédio para alimentos orgânicos e como diz o Zeca Baleiro, também vale um beijo no português da padaria. As grandes obras, com certeza, começaram com a verdade e com um start!


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Texto originalmente publicado no Jornal Gazeta do Sul - Caderno de Sustentabilidade - 20/08/2011.

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