O "gol" no mercado de trabalho

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Seja no início, no meio ou no final da graduação, estamos constantemente em busca de nosso “lugar ao sol” – leia-se mercado de trabalho. Durante esse período, nos viramos como dá, tanto para ter experiência quanto para auxiliar financeiramente (ou viabilizar 100%) nossa conclusão de um grau superior. 

Tem gente que pode sempre passar por estágios, projetos voluntários e etc, mas tem gente que precisa pagar pelos estudos, e nem sempre os estágios são suficientes para isso.

Mas vamos pegar a situação de quem teve que pagar pelos seus estudos e não pode realizar estágios práticos na área. Trabalhou, mas estudou. Têm experiências administrativas não condizentes com a área, mas possui o conhecimento teórico que a academia proporciona. E quando a graduação chega ao final, esta pessoa pode finalmente se dedicar à sua área e ir em busca da vaga tão sonhada como profissional pelo qual se formou. Aí, o que ele encontra são seleções que estampam: “com experiência na área”; “com x anos de experiências”, e por aí vai. Situação difícil e comum, quando parece que ninguém quer ajudar esse novo profissional a dar seu primeiro passo.

Aí pensando nessa situação, me lembro da situação no futebol. Muitas vezes, um clube pega um ex-jogador para ser técnico. Experiência para tal, especificamente, ele não tem, mas ele tem o conhecimento, viveu dentro do campo, viu as táticas dos outros colegas que acabaram por ser efetivas, não só jogou, mas teve uma visão diferenciada e analítica do jogo, e por aí vai. Uma trajetória assim passa quem teve que estudar a graduação inteira e chega após a formatura e quer atuar como profissional da área, porém não encontra apostas no seu trabalho.

Claro, no futebol, todo esse conhecimento é pela vivência prática dentro de campo. Mas a analogia que quero fazer é que essa vivência é o que ele precisa para se fazer jogador, assim como para um aluno, é a vivência na faculdade que ele precisa para se fazer profissional

O aluno jogou durante 4 ou 5 anos em meio ao campo, jogadas das disciplinas, viu grandes mestres fazerem gols (aulas), viu como a sistemática dos clubes (empresas) funcionam e após toda essa vivência, ele se sente preparado para também dirigir um clube. No futebol, como sabem da trajetória de um jogador, o clube o aceita e aposta nele.

As empresas não deveriam fazer o mesmo com os recém-formados profissionais? Antes de exigir uma experiência sólida de atuação na área, as empresas deveriam conhecer o “aluno/jogador”, seus gols, seus passes certeiros, suas grandes jogadas, enfim, sua trajetória de conhecimento. Afinal, a prática só é bem feita quando aliada a uma consistente teoria, se não estaríamos na faculdade sem razão. E, ainda, é na faculdade que temos a chance de dar os passes errados, chutar as bolas para fora e, com esses erros, aprender para finalmente acertar no meio da rede.

Infelizmente falta um pouco de credibilidade e aposta por parte dos contratantes. Mas, como bons jogadores, quer dizer, como bons alunos que sabem o que realmente fizeram e o grau de sua formação e conhecimento, o próximo gol será certo, só basta achar o time!

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