Twitter, follow & feedback

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Quando eu trabalhei com mídias sociais, eu sempre defendi a realização de promoções e/ou sorteios através do twitter, principalmente.

Um dos motivos para se fazer ações dessa natureza é tentar atrair a atenção de seguidores, quando o perfil é iniciante, e também, o motivo mais forte e considerável, dar algo em troca, retribuir a interação que os seguidores e o perfil estão construindo.

É fato que as pessoas gostam e querem ter algo em troca quando se propõem a interagir com uma empresa. E na Internet isso não é diferente. Claro, muitos estão ali a espera desse tipo de ação, mas também outros muitos estão seguindo a empresa/marca pois possuem uma admiração, querem um diálogo, querem falar e indicar o perfil e, por isso, muitas vezes, gostam e querem uma “recompensa”.

E não vejo isso de maneira negativa, pois se trata de uma troca até divertida, transformando o relacionamento entre seguido e seguidores em algo mais descontraído, que propicie um ambiente para que queiram estar ali e, além disso, que estão porque gostam.

Bom, esses dias nas minhas leituras para a monografia estava lendo o livro “O Poder do Twitter – Joel Comm” e ele aborda um trecho que reflete a opinião dele exatamente nesse sentido, do qual comentei acima.

Na página 92, ele traz:

“Isso pode não soar como a forma mais inteligente – ou mais barata – de atrair um grande número de seguidores... mas apenas reflita sobre a possibilidade de recompensar as pessoas por seguirem-no. Dar brindes é um costume no marketing. Essa atitude desperta boa vontade, faz com que os potenciais consumidores experimentem seus produtos antes de comprar e constrói uma lista de clientes que você poderá aproveitar no futuro”.

Claro, também encher a página do Twitter de promoção atrás de promoção, sorteio atrás de sorteio, vai se tornar algo chato, massante e vai irritar os seguidores, afugentando-os ao invés de atrai-los, como é uma das pretensões com esse tipo de atividade.

A questão de alimentação de rede social, com conteúdo de interesse e relevante (relacionado à área de atuação da empresa/marca em questão) é bem delicada, pois o de menos pode tornar-se desinteressante, e o de mais pode tornar-se irritante. O melhor é planejar de modo a construir uma atuação equilibrada e coesa, e de vez ou outra, quando possível, interagir com algo a mais em troca, além do feedback certo ao diálogo que os seguidores esperam.

Para ressaltar isso, na página 185 Comm ainda traz:

“Sua página no Twitter não é uma página de vendas. Títulos que chamam muito a atenção e sugestões explícitas de ações de marketing terão como efeito mais provável afastar os usuários em vez de direcioná-los a comprar. Seus tweets precisam ser sutis. Devem despertar interesse e confiança. Somente então seus seguidores sentirão que, fazendo o que você quer que eles façam, valerá a pena o tempo gasto”.

Bom, muitos já devem estar “carecas” de saber disso, mas sempre é bom discutir e trazer à tona essas informações, para sempre visar a melhoria das atuações e campanhas de empresas/marcas na Internet. Ainda mais nós, profissionais e/ou futuros Relações Públicas, que temos o dever de zelar pela imagem de uma organização e primar por bons relacionamentos, visando um retorno satisfatório aos seus públicos de interesse. Ou, no caso da Internet, o público seguidor.


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Fonte
COMM, Joel. O poder do twitter: estratégias para dominar seu mercado e atingir seus objetivos com um tweet por vez. São Paulo: Gente, 2009.

A transição da vida acadêmica para a carreira profissional

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Aproveitando o gancho da Ju e da Cintia, resolvi então fazer meu post em cima dessa transição academia x profissional. Hoje estou no meu último semestre do curso de Relações Públicas e com formatura marcada. Já estou há 6 meses trabalhando na área, talvez seja privilegiada por isso, querendo ou não é o sonho de todo universitário, sair da universidade com um emprego na área.

Sabemos que é dificil essa questão, e que já está muito batida, uma vez que as empresas querem no profissional experiência, mas como teremos a tal da experiência se não temos a chance de atuar? Essas questões são difíceis de responder, mas passam cotidianamente na cabeça de qualquer estudante, ainda mais quando se está chegando ao final do curso.


Mas não é bem isso que quero tratar aqui, quero falar é da vontade de trabalhar, de ter ideias que você sempre foi acostumado a ser incentivado nas aulas, de fazer o diferente, de ir em busca do algo mais. Entretanto, pergunto: será que no ambiente empresarial, isto é, na prática isso realmente funciona assim?

Na verdade me sinto confusa com relação a isso, pois já tenho algumas experiências frustrantes por trabalhos práticos meus e ou dos próprios colegas que sugeriram várias coisas legais, mas que não foram aceitas, pois percebo que as pessoas têm medo de mudar, medo do que é novo.
"Por que mudar se está dando certo?" É o que a maioria questiona.

"É, mas muitas vezes funciona, sempre funcionou!" São as respostas que se ouve.
A questão é que, será que realmente as empresas estão preparadas para nós, recém formados, com atitude e com vontade de inovar? Ou será que essa “desculpa” de não ter experiência é apenas para nos driblar e exigir que estejamos moldados pelo mercado, para depois nos contratarem?

Deixo aqui essas indagações à todos, pois elas estão constantemente comigo, principalmente a cada dia que passa e fica mais próximo da formatura. Acho interessante todos nós repensarmos e discutirmos estas questões a fim de se conquistar a excelência em nossa profissão e na área de comunicação.

O grande dia: Formatura!

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Hoje meu post vai fugir um pouco do assunto Relações Públicas, mas não tanto assim. Na verdade, quero dedicar o meu post hoje a uma grande amiga, colega e parceira de blog: a Cintia Anton.

E porque eu resolvi fazer isso? Pois neste sábado ela estará finalizando (ou ao contrário, dando o “ponta pé” inicial) uma grande jornada: a formatura.

Lembro direitinho do dia que conheci a Cintia: estávamos na aula de Leitura e Produção de Textos II, no bloco 53, e era dia de receber a primeira avaliação. Aí aquela loira, sentada ao meu lado, apenas com uma classe entre nós, de repente se vira pra mim e pergunta: “- Quanto tu tirou na prova?” E eu pensei: “- Mas que guria metida! Nem me conhece e já quer saber minha nota!”. Hehehe... brincadeiras a parte, foi desde então que meu contato com a Cintia começou.

A amizade em sala de aula foi aumentando e passou para nossas vidas pessoais. Viramos grandes amigas, ela foi comigo para minha cidade natal, passou um verão, um carnaval, e foi passando... Tanto era que um primo meu chamava nós duas de “as unisquinhas” (Lembra, Cintia?), por causa da foto abaixo.


E olha que já faz 4 anos isso. Como o tempo passa!

Realizamos muitos trabalhos bacanas juntas, recebemos muitos 10 juntas, e tudo culminou nessa grande parceria que temos até hoje, o blog uniRP, que queremos sempre manter para que os laços da nossa amizade permaneçam, resistindo ao tempo e ao espaço (sim, porque a Cintia está indo para um pouco mais longe, Porto Alegre, em busca do – grande - futuro!).

Cintia, que fique registrado aqui, também, os meus mais sinceros votos de felicidade, sorte e muito, muito sucesso, que sei que tu alcançarás, pois tu és muito batalhadora, capaz e possui um enorme potencial, do qual eu já presenciei e tirei muitos aprendizados!

Colega, parceira, amiga querida: uma ótima formatura, aproveita muito teu dia, pois eu estarei lá para te aplaudir de pé!





Grande abraço e grande beijo,

Juh.

Storytelling: uma nova estratégia para o comunicador

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Este é o meu primeiro post no blog uniRP, e é um prazer ter tido a oportunidade de me juntar a este grupo super competente e de grandes iniciativas. Bom, primeiramente pensei tanto sobre o que escrever que, agora, finalmente decidi.

STORYTELLING, um assunto novo no mundo da comunicação, mas que está rendendo muitos comentários, tanto no meio empresarial como no meio acadêmico.


Essa história de Memória Organizacional sempre me chamou a atenção desde a disciplina de Metodologia da Comunicação com a professora Dra. Ana Maria Stroeschoen. Sempre vi diversas oportunidades de trabalho nesse campo na área de Relações Públicas, tanto é verdade que minha monografia é referente à este assunto.

E agora, surge a história de storytelling, provavelmente o que o autor Paul Thompson se referia quanto à questão do escutar a história das pessoas, e conseguir escrever conforme os seus relatos. E mais, podemos ligar a questão de storytelling com o sentimento de pertencimento que Nassar tanto fala em seus livros.

É incrível como as pessoas se sentem valorizadas dentro de uma instituição quando são ouvidas. E o storytelling faz isso, produz sentimento, emoção, alegrias, mas também resgata o mais importante: a questão de experiências. Além disso, abre muitas portas para as empresas.

Vejo o campo de Memória Organizacional, e mais este novo assunto de storytelling, como uma grande oportunidade para nós Relações Públicas. Digo ainda que estes dois campos podem ser uma das grandes estratégias para se trabalhar com o público interno, que geralmente se sente insatisfeito, e sem motivação para trabalhar.

Enfim as histórias possuem magia, despertam a curiosidade e conseguem mudar uma realidade, por isso acredito que o storytelling venha a se tornar uma importante ferramenta de gestão de imagem empresarial, pois público interno satisfeito agrega um valor não mensurável à imagem de uma marca, rendendo ótimas oportunidades de negócios.

Os consumidores x engajamento

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Gosto muito do assunto “consumidores” e a forma como agem atualmente, sua exigência em relação a empresas e marcas quanto à qualidade de produtos, serviços, atendimento, relacionamento, etc. Tanto que já escrevi esse post, esse e, também, o texto da página 5 da Revista Adega de Ideias.

Há poucos dias, assisti esse vídeo:


(clique em CC para ativar a legenda)

Gostei bastante, e resolvi comentar um pouco sobre o assunto.

Como eu já disse, já escrevi sobre a questão dos consumidores, suas características e como eles atuam no seu consumo de marcas e empresas. Atualmente, os consumidores são tão informados e embasados sobre qualquer assunto relacionado a uma marca ou outra que as possuem em suas mãos, ou seja, se não recebem em troca o que estão procurando (qualidade, bom atendimento, diferencial, etc), sabem que viram para o lado para testar a marca semelhante mais próxima, que oferece tantos recursos quanto a primeira.

E essas modificações, atuações, caracterizações dos consumidores evolui a cada período, a cada geração, como vemos no vídeo. Os indivíduos não são mais passivos, pelo contrário, querem ser ativos, querem ser engajados, querem algo em troca para poder, cada vez mais, interagir com a marca da sua preferência. A relação do consumo – indivíduo/marca – vai muito além de apenas o simples ato da compra ou uso de determinado serviço. O fato de estarem seguindo, acompanhando, interagindo com certa empresa é consequência de já alimentarem algo a mais, ou seja, uma admiração, um interesse, ou uma simples curiosidade. E esses fatores requerem que, igualmente, a empresa ofereça esse retorno, e quanto mais interação dispor, mostrando interesse e atenção àquele consumidor, mais a conquista de um fã será efetiva.

As empresas devem ter atenção extrema e um plano sólido de atuação, para que a marca possa executar, com diferencial, suas estratégias de marketing e relacionamento, engajando de maneira positiva e otimizada este que já não é apenas um simples “comprador”, e sim uma pessoa com princípios e ideais bem firmados e estipulados em relação a sua preferência por marcas. As empresas devem conhecer bem o seus consumidor, entendê-lo à partir do seu comportamento, seja ele online ou offline, requisito básico para o sucesso do relacionamento com os públicos. Para isso, devem planejar passos e estratégias básicas de atuação, de modo a contemplar a pirâmide do engajamento:




Em breve comentário, temos na pirâmide: Em primeiro, a observação, que é a conferência da produção de outras pessoas, que tem intuito de aprendizado, informação, ou apenas entretenimento. Em segundo, o compartilhamento, uma redistribuição do conteúdo prestigiado, a partir de um grau de interesse. Em terceiro, temos o comentário, que é o feedback ao conteúdo visto ou lido, com intuito de compartilhar e acrescentar opiniões. Depois, a produção, que é quando o indivíduo produz e publica, expressando suas próprias opiniões e pontos de vista, para ser ouvido e reconhecido. E, por último, a curadoria, ou seja, forma de integração com líderes-chave, ou pessoas que possuem certa influência em determinadas comunidades, on/offline, dando suporte a interação e compreendendo-a, identificando e levando à marca as impressões e informações necessárias e de grande utilidade para a empresa e, consequentemente, para os públicos.

Portanto, se as empresas estão dispostas a traçar o plano de relacionamento com os stakeholders, devem estar presentes, vivenciando, monitorando o acontecimento em torno do engajamento dos públicos. Caso contrário, se não estiverem dispostos e bem preparados para dar retorno e acompanhar os consumidores/usuários, podem ter seu nome esquecido e apagado da memória por outras que empregam um bom plano de engajamento.

Eles querem TUDO! Então, empresas, mais do que nunca é hora de ter atenção a TUDO, providenciar e agir.

Sustentabilidade corporativa

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Tanto se escuta e pouco se entende de fato. A palavra, já demasiadamente dita, ainda ecoa nas salas dos gestores empresariais como um grande labirinto. Afinal, como a empresa pode trabalhar o conceito de sustentabilidade?

Antes de qualquer coisa, vamos pensar o termo na sua origem e o repassar para outras áreas da vida que a empregamos: a relação com a minha família é sustentável? E com os meus amigos? Eu contribuo para estas amizades serem sustentáveis?

Assim como na vida pessoal, de igual maneira se dá nas empresas. A forma como a empresa se relaciona com os fornecedores é sustentável? E com os colaboradores? Ou haverá um momento de grande revolta que resultará numa greve? E a comunidade? O que a empresa tem feito por ela? Sim, pois sem a comunidade, sem ambiente e sem cenário, nenhuma empresa existe.

Dentro da Comunicação Empresarial e abrangendo especificamente áreas de Gestão Estratégica das Relações Públicas definimos a sustentabilidade corporativa através do entendimento do conceito de relacionamento, ou seja, a forma como a empresa estabelece e mantem relações com os seus diversos stakeholders – todos os públicos ligados à empresa. Porque são estes mesmos que dão LICENÇA para a empresa operar. Sem o consentimento deles, nenhuma empresa é sustentável.

O poder e a legitimidade destes públicos que se relacionam com a empresa tendem somente a aumentar, e para isso, exige que os gestores e empresários estejam cada vez mais alinhados com os interesses e os assuntos em comum. Isto é resumido na postura socialmente responsável que a empresa adota.

O mercado financeiro também colabora para reiterar esta inclinação: os Fundos de Investimentos Socialmente Responsáveis aumentaram cerca de 320% de 1995 a 2007. O que isso quer dizer? Que o mercado prefere as empresas preocupadas e não apenas isso, escolhe aquelas que de fato impactam a sociedade.

Trabalhar com impacto social é diferente do que trabalhar apenas dados numéricos. A sua empresa tem transformado a vida das pessoas que estão ligadas à ela? Ou a sua empresa tem apenas números a apresentar? Cuidado! A verdadeira sustentabilidade corporativa se dá quando impactamos – mudamos – o mundo, e se apenas dados quantitativos são avaliados, a verdadeira mudança permanece obscura.

O que é, afinal, trabalhar a chamada triple bottom line (os tão famosos pilares da sustentabilidade: ambiental, social e econômico) se não gerir mudança na vida de todas as pessoas envolvidas no processo da sustentabilidade? E a mudança só acontece quando estamos realmente envolvidos, relacionados.


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* Este texto originalmente foi publicado no Jornal Gazeta do Sul no Caderno Sustentabilidade do dia 29/03/2011.

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