Estes dias, em sala de aula, onde encontrávamos juntos alunos de todas as habilitações, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Produção em Mídia Audiovisual, falávamos sobre a evolução dos meios de comunicação, mais propriamente do rádio, que desde a década de 30 e 40, posterior a fase de experimentação vem crescendo e passou por várias mudanças e evoluções.
Nesta aula, um colega deu um exemplo de como era o rádio na época de seus avós. Dizia ele, que era apenas 1 rádio para toda uma região e como as pessoas não tinham telefone em casa, utilizavam-se de um programa de rádio para se comunicar. Em um período do dia, com hora marcada, pessoas da comunidade daquela região se dirigiam até a rádio para se comunicar com parentes, que moravam na mesma região. O assunto era compartilhado por todos os ouvintes, assuntos pessoais, como por exemplo: quantos ovos deu a galinha de casa, que a vaca está prenha, que o marido começou a trabalhar. Enfim, era o método de fazer comunicação daquela época, de acordo com os anseios e necessidades provenientes daquela comunidade.
Na hora em que estávamos conversando, pensei o quanto que estes exemplos, que hoje soaria como falta de comunicação, são importantes para pararmos e pensarmos em evolução. Em Relações Públicas, por exemplo, já evoluíamos tanto com a tecnologia, e o avanço do rádio e da tevê é ponto importantíssimo nesta evolução. Hoje as necessidades são outras e ainda bem que nestas eu sempre enxergo um bom caminho para a nossa profissão, que ganhou espaço tardiamente e que agora vem embalada, condicionando mudanças; estas das quais somos os protagonistas. As posturas organizacionais não são mais as mesmas, hoje há uma preocupação que não se tinha antes, uma preocupação de se relacionar.
Nossa profissão ganhou espaço devido a evolução da sociedade, dos meios de comunicação e da forma de se comunicar, de levar informação. É tão bom ouvir exemplos destes e saber que empresas hoje, de rádio e comunicação, grandes organizações multimídias, utilizam uma maneira parecida para se aproximar do ouvinte ou telespectador, estimulando o relacionamento, pensando na aproximação do seu público, porque sabe que esta é uma maneira de conquistá-lo, de torná-lo fiel, um multiplicador de sua imagem.
Um exemplo deste é um programa de rádio que acontece todos os dias em dois horário para todo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde ele abre espaço para que comunidade destes dois estados interaja, se comunique e até anunciarem seus pertences. Vários programas têm esta abertura, mas acredito que se destacam aqueles que realmente fazem disto algo planejado, pois comunicação se faz com o público e para ele, por isso no rádio é importantíssimo que o ouvinte interaja, basta ao programa ou emissora planejar um meio adequado de se fazer isso.
Dar espaço para o público, esta é a melhor maneira de praticar relacionamentos, abrindo portas e estimulando a aproximação. Nem naquela época e nem hoje estes exemplos são tidos como falta de comunicação, e sim como uma maneira de fazê-la, uma maneira adaptada a cada tempo e necessidade. Evoluímos ganhando espaço, e é no espaço que evoluímos. Tudo gira em torno de crescimento, e estamos nele constantemente.
Fica para nós, estudantes da área de Comunicação e Relações Públicas a ideia de que neste período de renovação das mídias é que nos tornamos fortes. E neste embalo de crescimento eu enxergo o Relações Públicas mais fortemente ligadas às organizações, planejando relacionamento e comunicação, juntamente com as mídias disponíveis atualmente.
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