O trabalho de Relações Públicas dentro da Pastoral da Criança

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Hoje trazemos o texto da colega Beatriz Weis, que conta sua experiência como Coordenadora Diocesana da Pastoral da Criança na diocese de Santa Cruz do Sul. O texto foi produzido para a parceria entre o blog e a disciplina de Oficina de Redação em RP III.


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O trabalho dentro da Pastoral da Criança na coordenação de um setor é semelhante ao trabalho realizado por um relações públicas em uma empresa. Passamos por etapas distintas para assumirmos uma coordenação, primeiro precisamos conhecer e nos inteirar de cada função e o que compete a cada uma delas. Preferencialmente, você precisa ser uma líder da Pastoral da Criança.

A líder realiza um trabalho voluntário com apoio dos coordenadores das paróquias, comunidades e setor a que pertencem. Essas líderes fazem a visita nas famílias onde cadastram as crianças de zero a seis anos, bem como as gestantes. A visita é feita uma vez por mês com reuniões e avaliação da caminhada. Com as gestantes o acompanhamento é mais minucioso, pois requerem maior atenção e um preventivo de forma a que os bebes nasçam sadios e livres de doenças.

As coordenações de paróquias ou ramos, além de fazerem o trabalho de acompanhamento das líderes, possuem outras atribuições. Também são voluntárias e o trabalho é semelhante ao que a líder faz, ou seja, visita às famílias, cuidado com as crianças e gestantes daquela paróquia onde são coordenadoras. Recebe mensalmente uma ajuda de custo para alimentação das crianças que são cuidadas e pesadas pela pastoral da criança, xérox para o envio das folhas de acompanhamento das ações básicas de saúde (FABS) e transporte para o seu deslocamento e o das líderes dentro da comunidade.

Quatro vezes por ano fazemos o encontro das coordenações para avaliar a caminhada, realizar as capacitações necessárias e troca de experiências. Também é feito o planejamento das ações que serão realizadas ao longo do ano, assembléia avaliativa com a presença da coordenadora estadual juntamente com o conselho econômico e o Bispo da Diocese. A cada dois anos é realizada uma assembléia eletiva com todos os membros da Pastoral da Criança da Diocese, Bispo e coordenação Estadual para eleição da coordenadora do Setor.

Em uma coordenação, são inúmeras as suas atribuições. Podemos dizer que é como administrar uma empresa e visitar regularmente as suas filias, que são as paróquias (ramos) para ver o andamento do trabalho. Além das visitas regulares, é preciso fazer a distribuição das verbas que são enviadas pela Coordenação Nacional a cada setor, planejar os encontros durante o ano, realizar as assembléias eletivas dos ramos ou paróquias, participar de todos os encontros estaduais e nacionais da Pastoral da Criança no RS. Isto inclui estar sempre disponível para outros trabalhos como participação no Conselho Municipal de Saúde do Município (Políticas Públicas), necessidades urgentes dos ramos ou paróquias, intermediar conflitos entre padres e freiras, entre outros.

Além do que você precisa ainda conciliar todo esse trabalho com a sua família, compromissos sociais e estudo. Além de ser um grande trabalho, ele traz muitos benefícios ao longo do caminho: satisfação pessoal, troca de experiências, conhecimento, que muitas vezes não é encontrado em muitos livros e uma grande realização quando você sente que pode ter salvado vidas em total estado de abandono. É isso que faz do trabalho voluntário dentro da coordenação da Pastoral da Criança um diferencial para um relações públicas antenado na preservação, não só da natureza mas também da vida das nossas crianças.

Esse é apenas um ponto de todo o trabalho que realizamos diariamente na Pastoral da Criança. Hoje, estamos inseridos em 19 países, fazendo missões de cidadania e inclusão social em países destruídos pela guerra, fome e descaso pela pobreza de espírito de tantos governantes.

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