O relações públicas como incentivador de causas culturais no cenário empresarial

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Texto da aluna Helena Schuck, produzido para a parceria entre o blog uniRP e a disciplina de Oficina de Redação em RP III.


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Investir em cultura tornou-se quase obrigação para empresas que querem manter ou obter uma imagem satisfatória e positiva. Falo de cultura no sentido de produção de conhecimento, de aperfeiçoamento através das artes, da leitura, da interpretação. Mesmo que não seja possível contabilizar todos os ganhos, sabe-se que ao associar a marca a projetos e ações culturais, uma empresa já passa a obter bons resultados pelo simples fato de estar investindo em algo que, num país em desenvolvimento, é, ainda, muito escasso e necessário.

Quem não se interessa por eventos musicais, peças de teatros, exposições de arte, cinema? São ações que trazem emoções, sentimentos e conhecimento de uma maneira criativa, diferenciada e que manifestam valores nas pessoas. Valores, sobretudo, educacionais. Soa forte, não? Pois, imagine então uma empresa associar a sua marca a estes princípios através das ações culturais? Algo intangível mesmo.

Não há desvantagens quando se fala em investimento cultural. A organização passa a ganhar, primeiramente, uma imagem de correta, de responsável diante de todos os públicos (principalmente da mídia), contribui em grande parte com o nível intelectual de uma parcela da população que, muitas vezes, não é favorecida e, ainda, passa a se relacionar com os públicos da maneira mais gratificante, que é disponibilizando conhecimento.

Muitas organizações já apoiam grandes causas associadas à cultura, e apoiam com grandes investimentos. Mas ainda há a necessidade de outras empresas entrarem neste grupo e cobrirem o que o poder público não consegue fazer ou não dá conta. Não precisam ser apenas as grandes empresas. As pequenas também podem acometer ações culturais. Claro, cada qual investindo de acordo com seus lucros disponíveis. As empresas estão apenas precisando de alguém, de algum colaborador de confiança que incentiva ações deste cunho.

Há um profissional que pode ser o responsável por incentivar ações e projetos deste tema. O relações públicas é aquele profissional apto para manter a imagem positiva de uma organização e difundi-la, além de ser o mais adepto a construir relacionamentos entre diversos nichos de públicos e, ainda, aquele que prioriza sempre a transparência e entende que muitas coisas devem girar em torno da sustentabilidade ou de um mundo sustentável. Porque não os relações públicas das empresas serem o grande incentivador ou, então, criador de programas culturais?

Acredito que essa seja uma tarefa diretamente associada a este profissional que se preocupa com o público, seja ele qual for e, principalmente, com a empresa em que trabalha, fazendo dela exemplo de transparência e preocupada com o social. Estar investindo em cultura passa a ser diretamente proporcional a estar investindo no social, ou seja, na sociedade. E isso sim é um grande investimento

Comment (1)

Bem interessantes tuas reflexões, Helena. Fui RP-produtor cultural por 10 anos, inclusive trabalhando bastante na região de abrangência da UNISC, e até com parceria dela. Sei bem os efeitos os investimentos sócio-culturais causam à população, e também às marcas dos agentes patrocinadores. E fico sempre pensando como a profissão de RP (eu junto aí), que tem tantos egressos trabalhando neste setor, não se mobilizou para preencher e consolidar este espaço, a ponto de serem abertas graduações em Produção Cultural.

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