Inspirada na reportagem “Poder multiplicado” do Caderno Dinheiro da Zero Hora do dia 01/05/2011, em que trata sobre as mudanças de comportamento das organizações em relação às mídias sociais é que escrevo para o blog pensando nessa temática.
Muitas empresas ainda não perceberam o poder que as redes sociais tem para garantir o sucesso ou o fracasso de uma marca. Muitas subestimam esse canal de comunicação e perdem uma valiosa ferramenta de acompanhamento do que os consumidores estão falando sobre ela. Um caso que aconteceu há algumas semanas serve para retratar o assunto. A marca de sapatos e bolsas Arezzo lançou a sua coleção de inverno com peças contendo peles de animais.
Imediatamente após o lançamento houve uma enxurrada de manifestações contra essa coleção. E onde ocorreram? Nas mídias sociais, lógico. O assunto foi parar nos trending topics do Twitter e uma página no Facebook foi criada criticando a coleção, angariando mais de 7 mil amigos em apenas um dia. A empresa ainda errou ao se posicionar frente a essas manifestações, apagando os recados deixados em sua página no Facebook e demorando a dar um feedback a todos que estavam revoltados com a coleção.
Mantendo a sua posição de serem polêmicos, a empresa decidiu retirar das lojas a nova coleção, mas mesmo assim ainda se justificou dizendo através de um comunicado em seu site oficial e em suas páginas nas redes sociais que “Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa”, e ainda que a coleção foi lançada de acordo com o compromisso da marca em se manter na moda.
A empresa sofreu uma crise de imagem típica dessa nova era das mídias sociais. Muitas organizações ainda não sabem lidar com esse canal de comunicação em que os consumidores adquirem muito mais espaço para manifestar suas opiniões – contrárias ou não – sobre determinada marca. É cada vez mais necessário que as empresas busquem acompanhar o que está sendo falado delas nas mídias sociais e, além disso, ser ativo nesse meio, mostrando que a organização se preocupa e quer dialogar com os seus consumidores. E claro, no caso da Arezzo não ir contra um movimento que está tomando força nos últimos tempos que é a causa ambiental.
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