O profissional de Relações Públicas

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Continuando nosso tema de entrevista à profissionais de Relações Públicas já formados e que atuam na área, hoje o blog traz a Luize Strohschoen Neto, formada também pela UNISC, que atua em Porto Alegre na Coordenação de Equipe de Vendas da TVA (TV por assinatura do Grupo Abril e Telefônica) e como Consultora de Comunicação da Fundação Universitária Mário Martins.

Luize, primeiramente, gostaria que você falasse sobre a sua formação até o momento:

Tenho formação em Relações Publicas - graduação (UNISC) e Gestão do Desenvolvimento Humano e Organizacional - MBA (IBGEN/POA).

Fale um pouco sobre o seu trabalho, bem como a empresa onde você trabalha e o que você realiza como RP?

Atuo na Coordenação de Equipe de Vendas da TVA (TV por assinatura do Grupo Abril e Telefônica) e como Consultora de Comunicação da Fundação Universitária Mário Martins. Também ministro treinamentos e palestras motivacionais. Considero todas as minhas atividades profissionais como práticas de Relações Públicas (direta ou indiretamente). A formação que escolhi me realiza.

Antes desse trabalho, que outros lugares/empresas você já passou atuando na área de Relações Públicas?

A profissão de Relações Públicas nos permite atuar em diversas funções. Já atuei com organização de eventos corporativos e sociais, ministrando treinamentos, coordenando programas de endomarketing, no terceiro setor e na área comercial.

Quais as ações de RP bem específicas que você já implementou no seu trabalho e que surtiram efeito, que foi eficaz na proposta? Se foram várias, cite uma, para exemplificar bem como é o seu trabalho como RP.

Um bom exemplo é o Programa de Qualificação Interna da Fundação Universitária Mário Martins . Diagnosticamos em 2008 que a entidade necessitava de um programa de endomarketing específico. Como resultado dos treinamentos que o compõem o programa obtivemos uma equipe mais coesa, unida e qualificada. O PQI (sigla do nome do Programa) oferece treinamentos mensais estruturados de acordo com a necessidade de cada equipe de trabalho da instituição. Além dos palestrantes externos convidados para ministrar os treinamentos, os funcionários também contribuem. No sábado dia 31 de julho o treinamento será ministrado por três funcionárias, com o tema “Você é a Empresa”. Esse caso foi tema do meu trabalho de conclusão do MBA.

Você já atua como RP há algum tempo. Como você vê a percepção das pessoas quanto a sua profissão? Ao seu redor, você nota uma valorização e um entendimento maior do que a área consiste ou você ainda encontra dificuldades por parte das pessoas em saber e reconhecer o que você realmente desempenha?

A nossa profissão é muito relacionada à área de marketing, já que dificilmente encontramos nas empresas a função específica de Relações Públicas. Como citei anteriormente, a profissão de RP nos permite atuar em diversas atividades. Somos preparados para compreender os diferentes públicos que a organização tem (acionistas, sócios, clientes, diretores, funcionários, clientes em potencial, imprensa, comunidade, etc). O importante é termos a consciência de que podemos trabalhar em diversas funções, nas variadas áreas que o mercado abre.

Tendo em vista que RP é relacionamento, é contato e mediação dos públicos com a organização e vice-versa, é a preocupação de uma humanização e consciência por parte das organizações em lidar e cuidar do meio em que está inserida, o que você destaca de mais significativo em um trabalho de Relações Públicas? Por que elas são importantes para as organizações?

Relacionamento é a palavra-chave da nossa profissão. Qualquer função que exija essa qualificação pode ser preenchida por um Relações Públicas. De modo geral somos muito bons em atividades comerciais e em tudo o que tange a ter contato com outras pessoas. Embora hoje tenhamos à disposição ferramentas que nos permitem fazer contato à distância, mais do que nunca as organizações demandam de orientação para manter RELACIONAMENTO com seus stakeholders (públicos de interesse). Desde a preparação de um newsletter até a concretização de um negócio, há um processo que o Relações Públicas sabe preparar.

O que você acha que um futuro profissional de RP deve ter nos dias de hoje? Qual a formação e quais especializações são importantes?

Há várias possibilidades para a profissão: Moda, Marketing (bem voltado para alavancar vendas), endomarketing, organização de eventos corporativos, especialista em redes sociais, entre muitas outras. São tantas as possibilidades que fica difícil listar. Também está mais fácil o acesso à cursos de Pós-Graduação e MBAs – e as áreas de formação também são diversas. O mais importante é o profissional buscar o que lhe proporciona satisfação pessoal somada à satisfação de formar-se numa área cujo mercado está aquecido – Relações Públicas tem sido bem requisitado para muitas funções.

Como você acha que está o mercado da comunicação atualmente? Como foi pra ti, ao sair da faculdade, ir em busca do mercado de trabalho?

Logo que eu concluí a graduação tive uma certa dificuldade de me colocar no mercado. Saí do interior e vim para Porto Alegre sem uma rede de relacionamentos organizada. Isso significou sair de uma cidade onde eu já tinha uma estabilidade profissional e ir para outra cujo mercado é muito concorrido. Só que descobri que na mesma proporção da concorrência havia oportunidades de trabalho. Enquanto não fui chamada para atuar como funcionária em alguma empresa, fiz outros trabalhos como autônoma (organização de eventos e treinamentos), o que me ajudou muito a construir a minha rede de relacionamentos. Seis meses após a formatura estava empregada na Fundação Projeto Pescar, onde atuei por três anos na prospecção de parcerias e ministrando palestras sobre o projeto.

E pra finalizar, o que você daria de recado aos estudantes de Relações Públicas, que querem seguir essa área mas ainda não estão inseridos no mercado de trabalho? O que é importante, na tua opinião, ir em busca enquanto se está na academia?

Eu aproveitei todas as oportunidades a que tive acesso enquanto estava na graduação. Algumas vezes como estagiária e outras como voluntária. Sempre tive a consciência de que depois de formada o nível de exigência se eleva. Isto faz com que o mercado exija do recém-formado conhecimentos e experiência necessários para assumir as responsabilidades das funções que vai exercer. É importante que os estudantes de Relações Públicas saibam o quanto é enriquecedor conciliar os estudos com trabalhos práticos. A nossa profissão é muita prática, e quanto mais fazemos, mais aprendemos.









"Embora hoje tenhamos à disposição ferramentas que nos permitem fazer contato à distância, mais do que nunca as organizações demandam de orientação para manter RELACIONAMENTO com seus stakeholders" - Luize Strohschoen Neto, Relações Públicas

Comments (2)

Bom demais saber do talento, do desprendimento, da trajetória da Luize. Como cadastrada lá do portal www.mundorp.com.br desde os tempos de estudante, conversamos já bastante e de fato ela é um orgulho pra nossa área. Parabéns ao blog pela escolha do profissional, e à entrevistada.

Obrigada, Rodrigo! Gostamos muito de fazer a entrevista com a Luize! Não só por ela ser muito querida, mas também por descobrir uma profissional de muita qualidade e competência formada pela UNISC!

Abraço e sempre volte ao blog!

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