O lugar certo para experimentar

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A partir de hoje, durante esse semestre, estaremos publicando textos produzidos pelos alunos da disciplina de Oficina de Redação em Relações Públicas II, ministrada pela Profª. Elizabeth Hüber Moreira. Trata-se de uma parceria feita conosco, do blog uniRP, para que possamos divulgar os ótimos materiais que tem sido produzidos dentro da academia. Desde já queremos agradecer a disponibilidade e contribuição dos colegas e da Prof. Liza, que oportunizou essa parceria!

Hoje é a vez do texto das alunas: Manoela Carvalho, Tamara Arend de Freitas e Vanessa Britto Vighi.


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Para nós, universitários, é comum sermos perseguidos durante toda nossa vida acadêmica por uma grande preocupação que gira em torno de como deveremos nos portar depois de formados e como enfrentar de forma ética o mercado de trabalho. Pensando nessas dúvidas, é comum encontrarmos nos campus dos Cursos de Comunicação Social espalhados por todos os lugares, as chamadas Agências Experimentais de Comunicação.

Essas Agências são formadas por alunos, remunerados ou voluntários, das diversas áreas da comunicação (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing, Produção em Mídia Audiovisual, Relações Públicas...) e tem como objetivo principal fazer com que o acadêmico coloque em prática o aprendizado de sala de aula, para que, depois de formado, esteja preparado para enfrentar o mercado de trabalho.

Nas Agências, os alunos trabalham para os alunos, produzindo materiais informativos, jornais, revistas, cartazes, folders, vídeos, organizando eventos, fazendo planejamentos, entre outras atividades pertencentes ao profissional da Comunicação. Em alguns lugares, quando necessário, as Agencias Experimentais também realizam trabalhos para fora do curso, fazendo com que, dessa forma, o aluno também experimente um contato maior com o cliente.

É visível a diferença entre um aluno que já atuou dentro de uma Agência Experimental para os demais. “A Agência Experimental é um laboratório de ensino, portanto o papel desse espaço é possibilitar ao acadêmico o exercício da prática a partir da teoria apreendida em sala de aula. As experiências proporcionadas na agência vão auxiliar o acadêmico quanto as suas futuras escolhas profissionais, que áreas pretende atuar”, diz a professora Mônica Pons, coordenadora do Núcleo de RP da Agência Experimental A4 da Unisc.

As agências experimentais estão espalhadas por todos os lugares e todas elas tem o mesmo objetivo: formar um profissional qualificado para o mercado de trabalho. É o que confirma a professora Patricia Piana Presas, coordenadora da Talento Agência Eperimental da FAE: “A grande importância é a possibilidade de aproximar o aluno da prática, pois na sala de aula os alunos tem contato com a teoria e em uma agência experimental é a chance de perceber que essa teoria é verdadeira e que ocorre na prática. É vivenciar o dia a dia de uma agência, como um "test drive", antes de entrar no mercado de trabalho".

Quando se está em uma Agência Experimental, uma grande quantidade de oportunidades para trabalho é aberta, pois as empresas atualmente não querem apenas um profissional formado, mas sim aquele aluno que adquiriu durante sua formação uma bagagem grande de experiências. Vanessa Oliveira que está no 4º semestre do curso de jornalismo, e dentro da Agência Experimental de Jornalismo desde o inicio, diz que “as experiências me trouxeram um conhecimento que muitos colegas não tem. Na A4 colocamos em prática tudo o que aprendemos em sala de aula, no meu caso, eu nem tinha aprendido na sala de aula ainda. Foi meu primeiro contato com o jornalismo prático. Pude perceber o diferencial que isso me trouxe, quando as aulas começaram a ter atividades mais específicas. Enquanto alguns colegas não tinham ideia do que fazer, eu estava tranquila, porque já tinha passado por aquilo antes, na agência”, e ainda ressalta, “ a existência das Agências Experimentais deveria ser obrigatória nos cursos de Comunicação Social. Elas dão a oportunidade de que os alunos vivenciem as dificuldades do dia-a-dia profissional que ele virá a ter, assim como as conquistas”.

Francine Weis, que ingressou na Agência Experimental A4 - Núcleo de RP através do contato quase que diário que tinha com as outras monitoras, começou a ver a importância de se aprender na prática a profissão que escolhemos seguir. Fran, como é chamada por todos, diz que “são nas Agências Experimentais que os acadêmicos tem a oportunidade de colocar em prática aquilo que, às vezes, viram somente na teoria e podem aprender e ter uma ampla visão dos caminhos que a profissão proporciona e os oferece. Acredito que a monitoria na Agência Experimental é um primeiro passo para que você possa se tornar um grande profissional através das experiências que os acadêmicos tem. Além disso, também é a porta de entrada para que surjam muitos convites e oportunidades profissionais, que serão fruto do seu trabalho enquanto monitora, pois quem se dedica e mostra o que sabe fazer, com certeza sempre será lembrado”.

Além dos acadêmicos e professores perceberem a importância das Agências Experimentais, muitos profissionais dizem que utilizam diariamente o aprendizado obtido nas Agências. É o caso de Heitor Lau, que foi monitor do Núcleo de Relações Públicas da Agência Experimental de Comunicação, Unisc/2005/2006/2007. Ele diz que as Agências “tratam-se do local ideal e apropriado para experimentar os conhecimentos adquiridos em sala de aula e praticar a arte da comunicação (verbal e não-verbal), afinal o contato com os diversos públicos ocorre intensamente. Cabe ressaltar que o relacionamento interpessoal, importantíssimo na vida profissional, deve ser aprimorado neste ambiente e demais da universidade. Cada graduando deveria encarar a experiência da agência sob uma ótica profissional". Atualmente Heitor trabalha com eventos e diz que “hoje considero-me capaz de realizar qualquer evento”, e deve isso ao seu aprendizado dentro da Agência.

Sendo assim, podemos perceber a importância de ter um lugar para experimentar tudo aquilo que aprendemos. Aqueles que estão dentro de uma Agência Experimental sabem que o conhecimento obtido lá dentro é incomparável, e aqueles que ainda não conhecem uma, fica a dica, procure o lugar certo para poder experimentar!

Comments (3)

Oi! Grande satisfação de receber vcs aqui no UniRP!
Concordo com o texto, a agência experimental é o primeiro passo em âmbito acadêmico, mas para isto é preciso que o aluno saia da defensiva e vá ao ataque..a luta! Passei pela agência como monitora remunerada e o que posso dizer é tirei grandes proveitos, além das amizades... e que me abriu portas, uma na qual me encontro como funcionária no momento! ótimo post gurias!

Excelente ideia de expandir o contato das produções em classe através do blog. Muito conteúdo relevante fica guardado nas salas de aula e as redes sociais digitais estão ai exatamente para essa disseminação.

Sobre o argumento principal do texto, concordo plenamente. A aplicação das teorias é fundamental para a consolidação do aprendizado e para uma maior significação dos conceitos. As coisas são indissociáveis: experiência sem conceito e conceito sem experiência não trazem o conhecimento potencializado.

O fato desta experimentação acontecer no próprio ambiente acadêmico (mesmo que algumas agências experimentais ou agências-juniores por vezes até atendam "clientes externos") é outro ponto relevante: acho mesmo que a hora de testar é na academia, para que este aluno-aprendiz não se sinta estigmatizado ou melindrado. Errar faz parte do acertar. Se isto acontece, contudo, no chamado "mercado de trabalho", as coisas ficam um pouco mais complicadas, com extensões negativas para o aluno, para o curso e para a profissão como um todo. Foi um post bom para pensar e inspirar.

Que orgulho,o nosso post no Unirp!
Obrigada pela oportunidade gurias

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