Os conceitos de construção e consolidação de marcas passam por um momento muito delicado com o crescimento da era digital e da mobilidade no cotidiano das pessoas. Na década de 90 presenciamos um bombardeio de mensagens e slogans que buscavam a identificação dos consumidores com a marca descolando-se assim do produto, foi neste sentido que a fabricante de material esportivo Nike trouxe o "Just do it", um conceito de estilo de vida ativo e dinâmico.
O fato é que no presente cenário, as corporações perderam o controle sobre as suas marcas e precisam se adequar as novas formas com que os consumidores passam a interagir com os seus produtos. As mudanças não são apenas de caráter tecnológico e sim no comportamento e relação das pessoas com o consumo e com as empresas. "Nesse novo sistema, a confiança do consumidor é baseada principalmente em pessoas e não mais em marcas", afirma Frederico Casalegno, diretor do Escritório de Experiências Móveis do MIT para a Revista Amanhã.
Ao ler esta colocação de Casalegno e o restante da matéria de Felipe Polydoro, intitulada "Perdidas no ciberespaço", recordei uma situação que ocorreu comigo no início deste ano ao trocar meu aparelho celular. A loja me ofereceu um aparelho muito completo, a um preço promocional e de uma marca renomada, mas isto não foi o suficiente para que efetuasse a compra. De dentro da loja mesmo procurei maiores informações sobre o aparelho com outras pessoas, inclusive verificando em comunidades virtuais possíveis declarações de outros usuários satisfeitos ou insatisfeitos. Após esta fase de coleta de informações vacilei, acabei adiando minha compra e efetuei a compra na mesma loja, no entanto, de outro aparelho de uma marca não menos reconhecida. Detalhe, o que me fez alterar a opção de compra foram os depoimentos das pessoas sobre o aparelho anterior.
Os consumidores estão repletos de informações sobre os serviços e produtos oferecidos por qualquer empresa do mundo. A mobilidade traz este recurso a uma velocidade incrível. As áreas de marketing e comunicação das empresas procuram se adequar a esta realidade, incluindo perfis nas comunidades sociais e iniciando a interação com os seus públicos, porém sem ter certeza quais ações e atitudes são as mais adequadas.
Conforme matéria da Revista Amanhã, podemos destacar alguns pontos fundamentais que estão sendo trabalhados por algumas empresas e que estão rendendo bons resultados, como engajamento, transparência, conteúdo de marca, facilidade, disponibilidade e falta de controle. Todos os conceitos possuem uma relação, mas se fosse delegar qualificaria o conteúdo de marca e a transparência como iniciais. O consumidor não quer mais ser impactado e sim atraído por uma marca, para tanto as estratégias devem ser diferenciadas e inovadoras, mas essencialmente pautadas pelo relacionamento e a transparência. Pois, no tempo em que a informação assume a velocidade da luz, qualquer inverdade ou meia-verdade passa a ser desmentida e anunciada aos quatro ventos como muito negativa para milhares de pessoas, sem que a empresa possa sequer retirar a informação de circulação.
É hora de renovação, mudança, novos ares. Pensar as pessoas como fundamentais para o andamento próspero da organização, encontrando nelas aliadas estratégicas para fornecer um feedback antes não conseguido com outras ferramentas de gestão.
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Leia a matéria na íntegra no link:
http://www.amanha.com.br/marketing-internas/54-marketing-1/161-perdidas-no-ciberespaco
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Fonte: Perdidas no ciberespaço - Revista Amanhã Online. Por Felipe Polydoro.
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