Prepare-se!
Se você é um Relações Públicas registrado no Conrerp de qualquer região, já deve ter recebido na sua casa uma cartinha para falar das eleições 2012 do Conselho Federal de Relações Públicas.
Preste bem atenção: o cadastramento para a eleição deverá ser feito no site do Conferp até o dia 05 de outubro. O cadastramento é só de dados e senhas, a senha deverá ser utilizada no dia da eleição.
A votação será no dia 15 de outubro - segunda-feira, por meio de voto eletrônico online, mediante sistema web desenvolvido pelo Conselho Federal de uso obrigatório pelo Conrerp.
Não perca a hora! Pois o voto é obrigatório a todos os registrados.
Abaixo segue a portaria, caso você queira tirar alguma dúvida:
http://www.conferp.org.br/?p=3506
Posted by Juliana Xavier | Posted on terça-feira, setembro 11, 2012
Categorias: digital , mídias sociais , públicos , relacionamento , Relações Públicas
Após as duas primeiras entrevistas publicadas (com a Carol Terra e com a Márcia Ceschini), hoje temos a entrevista com a terceira Relações Públicas que conversei para o meu trabalho de conclusão de curso.
Posted by Juliana Xavier | Posted on sexta-feira, agosto 24, 2012
Categorias: digital , mídias sociais , planejamento , relacionamento , Relações Públicas
Como ontem eu comentei, irei postar as entrevistas que fiz para a pesquisa do meu trabalho de conclusão. A primeira das 5 entrevistas foi a da Carol Terra e hoje será postada a da RP Marcia Ceschini.
Para quem quiser saber mais sobre como foi o processo de amostragem, que chegou nesses 5 nomes, podem acessar o meu trabalho na íntegra nesse link.
Empresa onde atua e em qual setor (área): Chilli Comunicações. Parceira da Chilli, fazendo a parte digital. Tinha a própria consultoria, mas o pessoal da Chilli a chamou para fazer a parte digital, para fazer as estratégias junto com o pessoal de comunicação offline. Fazem de tudo, por isso se chamam comunicação 360º, englobam tudo que é de comunicação.
Como surgiu o interesse pela área digital e como você acabou ingressando nessa área?
Foi nos primórdios da Internet. Eu casei em 97, e meu marido fazia faculdade de administração de banco de dados, e ele voltava da faculdade e ia fazer os trabalhos na Internet, quando, então, ele me mostrou a Internet. Fui pro chat do UOL, e comecei a ver que aquilo era um canal de comunicação. Comecei a ler as revistas INFO dele, revistas de tecnologia...e comecei a gostar dessa parte. Ainda não tinha uma atuação. Era mais uso. Comecei primeiro como usuária e fui acompanhando essa inovação. E aí o que aconteceu: 2006 começaram a surgir as redes sociais. Mas primeiro surgiram os blogs, em 1997. Em 98 eu fiz um blog, ainda no portal do Comunique-se. Mas eu achava uma comunicação muito estática, as pessoas não comentavam. Então eu abandonei o blog. Depois eu acabei fazendo um outro tipo de site no UOL de RP. E na pós-graduação, em 2006, os blogs tiveram uma importância muito grande no que é agora a nova comunicação, porque os blogueiros começaram a ser referência, começaram a ser informadores do que estava acontecendo. Então era assim: na minha pesquisa pra mono: vinha a informação pro blog, 3 a 4 dias depois ia pros portais e 1 semana só depois ia pra mídia impressa. Ou seja, tinha um delay muito grande que hoje não tem mais. Então os blogs... o que acontecia: eles começaram a pesquisar blogs de outros lugares, tinha muita referência, e eles começaram a compartilhar...começou aí essa questão de compartilhar conteúdo. E eles passaram a ser nossos informadores. E eu comecei a ver que era um canal. Eu comecei a estudar, e as redes começaram a ter mais volume. E de 2009 pra cá é que começou a se profissionalizar essa questão do digital.
Como Relações Públicas com experiência na área digital, quais as funções e atividades que você realiza especificamente?
Eu não sou mais só RP, sou especialista em Marketing, então eu tenho assim: você faz toda aquela aula de planejamento, que geralmente a gente não gosta na faculdade, e é super importante. Porque você tem que fazer uma análise de cenário, tem que saber quem é o público com quem você vai falar. E é mais de um público. Que linguagem você vai adotar, o que você vai publicar. Então são informações estratégicas...então eu atuo como planejamento estratégico de comunicação, que não envolve só relações públicas, mas envolve uma linguagem publicitária. Como eu tenho experiência, eu trabalhei em agência de propaganda também, trabalhei em veículo, então eu tenho uma gama maior de informação pra trabalhar isso. Se eu fosse definir a essência do meu trabalho lá, é relações públicas puro...porque é relacionamento. Tanto para o que a gente presta para os nossos clientes, tem a equipe que trabalha comigo, a equipe é focada pra trabalhar em cima de relacionamento: ser cordial, responder quando falam conosco, a gente foca em relacionamento. A gente procura trabalhar não só falando da empresa, mas do universo que ela atua.
Como acontece o mapeamento, estudo e monitoramento dos públicos de interesse de determinadas áreas de atuação das empresas (clientes) no ambiente digital?
Como eu falei, já é previsto no planejamento de comunicação que é feito para o cliente. Quem nós vamos seguir? Às vezes vem uma pessoa que não é da área do cliente, mas ela é interessante, então a gente retribui o follow. É uma relação sempre direta com quem segue. É dentro do universo de atuação desse cliente, por exemplo, a gente tem um cliente que vende presentes finos, então a gente segue quem: arquiteto, decorador, organizador de evento. E de monitoramento, nós trabalhamos com uma ferramenta paga, chamada Live Buss, que permite que você monitore Facebook, Orkut, comunidade aberta, blogs, twitter e o Yahoo, e o Flickr. Onde a pessoa mencionou o cliente, a gente cadastra as palavras-chave, então o programa faz o mapeamento pra gente.
Como é realizado o planejamento para fins de relacionamento online entre empresas (clientes) e seus públicos?
É basicamente dentro do foco de atuação. Se a gente atende um salão de beleza, a gente vai falar tudo de beleza. Seguir revistas de moda, lojas de sapatos, de roupa, blogs de dica de beleza, e é seguido por pessoas que gostam do salão. Mas fazemos um trabalho dentro do universo de beleza, porque um salão de beleza não é só cortar cabelo e fazer unha, tem as revistas de fofoca, que a cliente vai lá e vê, então a gente faz todo esse universo.
Para você, qual a importância de ter um Profissional de Relações Públicas à frente do planejamento e coordenação das atividades de relacionamento e fomento de conteúdo digital entre empresas-públicos?
Eu diria que não só no digital. O RP é essencial em tudo. Nas minhas palestras eu falo para as pessoas: no mundo ideal, é interessante que tenha profissional de relações públicas, de publicidade, de jornalismo e de marketing trabalhando junto. Mas o que acontece? Pelas necessidades de mercado, eles procuram um profissional que tenha tudo isso. Por exemplo, RP não é preparado para fazer publicidade, não tem talento. Claro, isso no geral. Estamos na era do compartilhamento, do crowdsourcing, então é você juntar talentos para fazer uma comunicação melhor. Eu sou a favor de que sim um RP possa chefiar uma equipe de comunicação. Sempre falo nas palestras: não se limitem a ser contratados como relações públicas, porque RP cabe em todo lugar. Em qualquer lugar onde a comunicação não flui, você cria qualquer coisa que é uma comunicação. E é super importante, porque nós temos uma visão, ao contrário das outras matérias – não desprezando, porque eu dou valor a todas – nós temos a visão plena do cliente, do público envolvido, da empresa, da imagem da empresa, então nossa visão é mais ampla, então esse é o ganho para nós.
Especificamente, a partir da sua visão e experiência, qual é a função de um Relações Públicas frente ao cenário digital?
Quando o cenário digital começou, eu comecei a falar para o pessoal da nossa área: se nós não aproveitarmos este momento, RP vai acabar. Porque assim, falando no que a gente começou falando, RP tem uma bibliografia defasada, tem uma atuação profissional estacada, ainda tem profissional pensa que fazer comunicação é fazer house organ, é fazer evento, e nós fazemos um trabalho muito mais abrangente do que isso, nós fazemos gerenciamento de marca, junto como pessoal de marketing, trabalhamos a imagem institucional da empresa. E uma outra coisa que eu acho essencial para um profissional de relações públicas é ética.
Conte como foi o processo de criação, planejamento, execução e avaliação de um case de comunicação digital específico em que você atuou ou participou, e que a atividade de Relações Públicas foi fundamental para o êxito de tal campanha:
Um exemplo recente, que já está no nosso blog, da Chilli, a gente fez uma ação pontual pra Lupo, que a fábrica é em Araraquara. Do lançamento do “Neimar agora é Lupo”. Foi uma ação pontual, naquele final de semana, monitorou quando o Neimar fosse mencionar que ele era Lupo, e a gente criou, junto com a G2, que é a agência oficial da Chilli, mini vídeos sobre, tipo um making of da campanha, então em uma semana teve mais de 160 mil acessos no vídeo, e a gente mostrou pro cliente o relatório dessa ação, quantos seguidores ele ganhou no final de semana – porque foi um trabalho basicamente de 5 dias – em termos de número, é um caso de mais número. Também teve a Guedes Alumínio, que é uma fábrica local, que fazem caneca. Fizemos o site para eles, e eles queriam fazer uma ação pra trazer gente para o site. Então o que a gente fez: o sorteio, de uma choppeira de 4,2 litros e uma caneca de 1 litro, personalizada, e assim, no primeiro dia já teve 26 pessoas visitando, a pessoa tinha que visitar, deixar os dados no site, e falar qual caneca quer. São ações que você faz, e só dar certo se tiver o engajamento, se quem vai consumir aquela comunicação vai se interessar por ela.
Na empresa ou agência onde você trabalha (trabalhava) há um reconhecimento de que o profissional de Relações Públicas é um grande indicado (talvez um dos mais preparados) para a atuação online por parte da diretoria e colegas? Por quê?
Tem. E assim, a gente usa isso como diferencial competitivo. Pois falamos que somos uma equipe multidisciplinar, tem relações públicas, tem jornalista, tem publicitário, tem estrategista, então eles não só valorizam, como eles fazem questão.
E para finalizar, (na sua opinião), para um profissional de Relações Públicas poder atuar a frente da área digital, qual a formação e conhecimento que ele precisa ter para desempenhar esse tipo de trabalho?
Seja comunicador, não podemos nos limitar a ser publicitário, ser jornalista, a gente tem visto que o mercado faz com que você seja comunicador. Você vai além da sua área de formação. É possível, por exemplo, que você seja relações públicas e faça trabalho de assessoria de imprensa digital. A pessoa deve ter em mente que ela é um comunicador, tem que falar mais de um idioma, aquela questão da curiosidade profissional, estar a par de tudo, e gostar. Eu trabalho 12 a 14 horas por dia com internet e ainda chego em casa e vou estudar. De um dia pro outro aparecem muitas coisas nessa área, então você que trabalha com digital não sabe, então quem vai saber? O desafio é diário.
Posted by Juliana Xavier | Posted on quinta-feira, agosto 23, 2012
Categorias: digital , mídias sociais , planejamento , relacionamento , Relações Públicas
No segundo semestre do ano passado, fiz minha monografia, meu trabalho de conclusão de curso, sobre Relações Públicas online: relacionamento com os públicos através das ferramentas digitais (está aqui, para quem quiser conferir).
Na minha pesquisa, escolhi fazer entrevistas com profissionais de Relações Públicas que atuassem nessa área pelo menos a mais de 3 anos. No processo de amostragem, cheguei a 5 profissionais.
Como as entrevistas foram ótimas e me deram muito material para a minha avaliação, achei que seria um "desperdício" deixá-las apenas no computador, sem divulgar. Portanto, hoje inicio a série de postagens de 5 entrevistas que compuseram o meu trabalho final da graduação.
Como surgiu o interesse pela área digital e como você acabou ingressando nessa área?
Eu sempre gostei da área digital e tive meu primeiro contato na universidade, quando fiz um curso de mídias digitais, pelo Senac. Na época, era algo relacionado com webdesigner e construção de sites em HTML. Logo que me formei, fui trabalhar em uma operadora de telefonia celular – Vivo - e o contato com tecnologia foi ainda mais natural. Passei a cuidar da intranet da empresa e, automaticamente, estava lidando com mídias digitais. Depois de quase cinco anos na operadora, fui convidada para estruturar a área de comunicação corporativa de um site de comércio eletrônico, o MercadoLivre. Mais uma vez, o contato com tecnologia e mídias digitais cresceu e se solidificou. Em paralelo, sempre fui tocando minha carreira acadêmica, cursando uma extensão, uma pós (latu senso) e o mestrado e doutorado. Quando saí do MercadoLivre, resolvi abrir minha própria agência de comunicação totalmente focada em mídias sociais, a FourC. A 4C logo foi incorporada pela agência Ideal, onde me tornei a responsável pela área de mídias sociais tocando contas de clientes como Google, McDonalds, Pepsico, Hospital Albert Einstein, Grupo Pão de Açúcar, Nike etc. Há alguns meses, saí da agência para um período sabático e ao retornar ao Brasil, em novembro, pretendo me dedicar à carreira acadêmica e também à consultorias empresariais pontuais.
Como Relações Públicas com experiência na área digital, quais as funções e atividades que você realiza especificamente?
Sou responsável pela gestão de todas as contas acima mencionadas e por todos os funcionários da agência que cuidam destas organizações. Portanto, tenho que supervisionar e intervir no planejamento de relações públicas digitais para cada uma das contas, monitoramento e acompanhamento da marca (escolha dos softwares mais adequados), entrega e produção de relatórios de performance específicos dos perfis de mídias sociais destas empresas, desenho de estratégias de mídias sociais, gestão de crises nesse ambiente e consultoria de ações de comunicação voltadas ao ambiente digital. Além disso, sou responsável pela gestão dessas pessoas, produção de treinamentos, cursos, palestras e workshops de mídias sociais para tais organizações, para a minha equipe e para os demais funcionários da agência.
Como acontece o mapeamento, estudo e monitoramento dos públicos de interesse de determinadas áreas de atuação das empresas (clientes) no ambiente digital?
Cada cliente tem uma necessidade de comunicação específica que demanda ações e públicos específicos que quer atingir a depender de seus objetivos. O mais importante a ser definido antes de iniciar qualquer estratégia de comunicação digital é o objetivo que se quer atingir ao estar nestes ambientes. Aí, passa-se ao mapeamento dos públicos de interesse que consiste em encontrar em quais ferramentas estes estão, que tipo de linguagem utilizam, que tipo de abordagem querem etc. Faz-se um diagnóstico de presença da marca nos ambientes digitais, definindo-se qual é a percepção que os públicos têm dela e também aproveita-se para identificar onde estão os públicos que dela falam, quem são, qual seu nível de influência, qual é a favorabilidade em relação à empresa e quem são seus principais influenciadores. O primeiro passo, portanto, é esse diagnóstico da marca nos ambientes de mídias sociais.
Como é realizado o planejamento para fins de relacionamento online entre empresas (clientes) e seus públicos?
Da mesma forma que se realiza o planejamento de ações de comunicação, independente da mídia (suporte) que se vai utilizar. Diagnóstico, definição e mapeamento dos públicos (perfis, linguagem, abordagem), escolha das estratégias de ação, definição das ferramentas de controle (softwares de varredura, de monitoramento) e avaliação (formatos de relatório), periodicidade etc.
Para você, qual a importância de ter um Profissional de Relações Públicas à frente do planejamento e coordenação das atividades de relacionamento e fomento de conteúdo digital entre empresas-públicos?
O profissional de RP é a meu ver o mais bem preparado para lidar com ações de relacionamento no ambiente digital, justamente por conhecer toda a metodologia de contato entre uma organização e seus públicos. Temos uma formação mais holística que nos permite traçar estratégias de relacionamento entre organizações-públicos independente do instrumento, mídia, suporte a ser utilizado. No entanto, outras habilitações da comunicação e outras áreas como administração, economia, estatística etc têm se apropriado do tema e também trabalhado com isso. Não somos os únicos aptos às mídias sociais, mas temos um conjunto de características que nos permite atuar com isso, se quisermos.
Especificamente, a partir da sua visão e experiência, qual é a função de um Relações Públicas frente ao cenário digital?
O nosso maior papel é o de gestor da comunicação, seja no ambiente on ou offline. Temos a função de delinear estratégias de comunicação para as organizações sejam elas no ambiente on ou offline. Podemos atuar em qualquer etapa da produção do trabalho: desde a concepção, planejamento, até execução em si das estratégias digitais, avaliação e entrega.
Conte como foi o processo de criação, planejamento, execução e avaliação de um case de comunicação digital específico em que você atuou ou participou, e que a atividade de Relações Públicas foi fundamental para o êxito de tal campanha:
Gosto muito do caso do uso das mídias sociais para o McDia Feliz, do McDonalds, em parceria com o Instituto Ronald McDonald, no combate ao câncer infantil.
Primeiro planejamos a estratégia pré-evento: contatamos todos os influenciadores online que poderiam nos ajudar a disseminar a rmensagem sobre o McDia e incentivar a adesão por parte da opinião pública em geral.
Convidamos alguns desses influenciadores online para a coletiva de lançamento do evento e também para fazer a cobertura do dia em tempo real.
O resultado foi um sucesso estrondoso: conseguimos entrar nos trending topics globais, nacionais e locais com o tuitaço coletivo que foi promovido e também nos relacionamos com webcelebridades que ajudaram a dar volume e brilho à causa.
Além da ação de relacionamento, totalmente pautada em estratégias de Relações Públicas, também fizemos uma cobertura em tempo real do evento via Twitter e acabamos por ganhar a atenção de outros usuários que nos ajudaram a difundir a mensagem e deixar o dia em evidência.
Na empresa ou agência onde você trabalha (trabalhava) há um reconhecimento de que o profissional de Relações Públicas é um grande indicado (talvez um dos mais preparados) para a atuação online por parte da diretoria e colegas? Por quê?
Sim., certamente, pois eu era uma das diretoras da agência e a única responsável pela área de mídias sociais. Esse reconhecimento me foi dado pela minha formação e pelo investimento acadêmico que sempre fiz na área.
E para finalizar, (na sua opinião), para um profissional de Relações Públicas poder atuar a frente da área digital, qual a formação e conhecimento que ele precisa ter para desempenhar esse tipo de trabalho?
Primeiro, o profissional precisa ter uma sólida formação com conhecimentos gerais e técnicos bons, conhecimento de línguas, flexibilidade, jogo de cintura, capacidade análitica e de entrega de resultados. É preciso provar sempre os resultados que deram a ação que foi feita em mídias sociais. Depois, é preciso investir em alguns cursos específicos voltados para a área, leituras e análise de cases e assim por diante. Se o profissional não tiver a chance de ganhar experiência nessa área, sugiro que monte um portifólio próprio de ações a partir de seus perfis pessoais de mídias sociais, pequenos trabalhos na área para negócios menores, instituições filantrópicas etc. Vontade e proatividade também são fundamentais.
Posted by uniRP | Posted on quinta-feira, agosto 16, 2012
Categorias: comunicação , cursos , eventos
Com o tema "A Comunicação pode mudar o mundo", a XVII Semana Acadêmica do Curso de Comunicação Social da Unisc acontece semana que vem, de 20 a 24 de agosto.
As palestras serão nos turnos da manhã e da noite, e a tarde terão oficinas com os profissionais. Abaixo, segue a programação:
Todos os alunos do Curso de Comunicação Social, bem como profissionais e interessandos estão convidados a participarem!
Posted by Juliana Xavier | Posted on quinta-feira, agosto 09, 2012
Categorias: apostas , carreira , comunicação , futuro
Trazendo novamente uma notícia importante para a área de Comunicação que saiu essa semana, o site do Jornal Cruzeiro do Sul trouxe: “Procura por comunicólogos deve crescer 15%”. E complementa: Mercado está em alta para jornalistas, assessores de imprensa, relações públicas e outros da área, em 2012.
A reportagem começa trazendo que, devido ao cenário vigente – o de grande competitividade das empresas, similaridades de produtos e serviços e inovações voláteis, além da liberdade que o consumidor encontra com as redes sociais em suas mãos – a urgência é em adotar uma diferenciação e humanização, com foco em diálogo e relacionamento. Sobre isso, um trecho diz “Diante desse cenário, tornou-se fundamental mostrar ao mercado e ao consumidor quem é a empresa por trás de um produto. "Uma empresa que constrói uma forte reputação tem uma grande vantagem competitiva, principalmente em mercados de grande concorrência. É aí que se insere o trabalho dos profissionais de comunicação, como o relações públicas, o assessor de imprensa e o jornalista", destaca o professor Maurício Luis Marra, Diretor Acadêmico da ESAMC Sorocaba”.
E pra complementar, o mesmo professor diz: “Uma organização não fala somente com esse público. Ela se relaciona, também, com seus colaboradores, parceiros, fornecedores, distribuidores, governo, comunidade etc. Aqui, novamente, temos que ter profissionais qualificados para exercer o trabalho de relações públicas, assessoria de imprensa e jornalismo empresarial”.
Já passamos da metade de 2012 e mesmo assim as previsões só melhoram, o que devemos esperar que em 2013 a realidade possa ser ainda melhor. Portanto, é muito importante que os comunicólogos invistam em sua formação, além de uma atualização constante em relação às exigências do mercado.
Como há muito já se vem percebendo, as áreas da comunicação não devem ficar estanques às suas atividades e características iniciais. Múltiplas habilidades e, principalmente, visão holística das estratégias de comunicação como um todo vêm a acrescentar e diferenciar o profissional.
Posted by Juliana Xavier | Posted on quinta-feira, agosto 02, 2012
Categorias:
Ontem, na revista Meio & Mensagem, foi publicada uma entrevista com Richard Edelman (CEO da Edelman - nada mais, nada menos do que a maior empresa de Relações Públicas do mundo).
Na
entrevista, imperdível - diga-se de passagem -, ele fala sobre o
negócio da empresa, que primeiramente foi criada por seu pai, e que vem
crescendo exponencialmente, trabalhando para grandes empresas e marcas a
terem diferencial num mundo de alta competitividade. Além disso, fala
também das metas e das visões de futuro dele para o negócio da empresa.
Uma parte que vale destacar é quando ele diz que a empresa não fará parte de uma holding de publicidade, pois "se
entrarmos para uma grande holding, a disciplina de relações públicas se
tornará subserviente à publicidade, porque, por enquanto, ela é muito
maior em volume de negócios. Em uma campanha, geralmente, o criativo da
agência diz “vá e faça”, e o RP faz. Nós não acreditamos mais neste
modelo histórico e defendemos que as ideias que estão do lado de
relações públicas vão prevalecer em relação às da publicidade daqui para
frente". E complementa expondo sua opinião sobre a atualidade, perspectiva que sabemos que há anos vem se consagrando: "A
razão é que mentalidade das pessoas está mudando. Antes, uma
celebridade como Pelé apoiava um produto e dizia porque o estava
comprando. Agora, as pessoas querem saber o que os seus amigos estão
dizendo sobre o produto".
A entrevista traz de
forma contundente a dualidade como ainda é vista e operada a relação
Publicidade e Relações Públicas. Como Richard comenta, "A publicidade
foi ótima em um período de confiança e de concentração de mídias. Mas
as pessoas não acreditam mais nos governos e corporações. A publicidade
representa mensagens de cima para baixo, com sua característica de ser
estática e com forte impacto visual. As relações públicas, pelo
contrário, são melhores em mensagens horizontais, para diversos
públicos". Esse trecho é importantíssimo, mas não devemos olhar no
sentido de competitividade, de disputa de posições, mas sim que os
tempos estão mudando - de fato - e que a realidade e a mentalidade dos
profissionais da área devem focar para esse caminho ao qual ele explica e
que claramente vemos como a união de esforços e não de um sobrepondo-se
ao outro.
Um outro trecho diz que "Antes, o foco
era na campanha e o RP era o fim da cauda da raposa. Agora, ele vem
primeiro, para ajudar na formação de opinião e iniciar o buzz que a
publicidade irá seguir". Se antes a publicidade foi importante (e de
fato foi) em tempos de consagração das marcas e ganhos de
posicionamento destacado, hoje sabemos que a publicidade não pode mais
agir sozinha e nem prescindir das Relações Públicas em uma atuação
conjunta, em prol de um trabalho de comunicação completo e estratégico
essencial para as empresas atualmente. Como a frase abaixo, que a página
Espalhe compartilhou:
Vejo isso não como uma queda da publicidade, mas sim que, comparado a outros tempos, Relações Públicas tem grande valor tanto quanto, ou até mais, em virtude dos tempos atuais em que vivemos, onde reputação, imagem e posicionamento estão tendo novas roupagens perante a visão do consumidor, que não aceita (e não acredita) mais que as empresas falem por si, ele quer falar e quer ouvir os seus semalhantes falarem de igual maneira.
Sabemos (e é quase palpável) o quanto as Relações Públicas vêm crescendo, e o cenário das redes sociais ajudou muito nesse processo, como Richard Edelman comenta na entrevista. Nesse sentido, também ouvi das entrevistadas de quando eu fiz meu trabalho de conclusão de curso (eram RPs, que trabalham há mais de 3 anos com comunicação digital), agora é a hora de RP se firmar como estrategista da comunicação, de consagrar sua posição perante a área da comunicação como um todo.
E aproveitando o ensejo da entrevista e desta discussão, gostaria de comentar uma realidade que constatei há uns dias, na ocasião em que fui falar sobre RP em uma turma de primeiro semestre do curso de comunicação, na disciplina de introdução a comunicação. Trata-se de uma realidade totalmente oposta de quando eu, por exemplo, entrei na faculdade. Se antes a maioria eram alunos de Publicidade e Jornalismo, agora isso se inverteu: nesta turma em questão, de 60 alunos (vou arredondar) 25 eram alunos de Relações Públicas, 25 de Produção em Mídia Audiovisual (um curso que vem crescendo muito também) e os 10 restantes se dividiam entre alunos de Publicidade e Jornalismo.
Não quis falar disso por um intuito de competição, claro que não. Apenas que devemos estar atentos e saber essas realidades da nossa área, e também por constatar o quanto de fato a área de RP vem adquirindo reconhecimento, não só por parte do mercado em si, mas também, agora, na área acadêmica.
Seja no início, no meio ou no final da graduação, estamos constantemente em busca de nosso “lugar ao sol” – leia-se mercado de trabalho. Durante esse período, nos viramos como dá, tanto para ter experiência quanto para auxiliar financeiramente (ou viabilizar 100%) nossa conclusão de um grau superior.
Tem gente que pode sempre passar por estágios, projetos voluntários e etc, mas tem gente que precisa pagar pelos estudos, e nem sempre os estágios são suficientes para isso.
Mas vamos pegar a situação de quem teve que pagar pelos seus estudos e não pode realizar estágios práticos na área. Trabalhou, mas estudou. Têm experiências administrativas não condizentes com a área, mas possui o conhecimento teórico que a academia proporciona. E quando a graduação chega ao final, esta pessoa pode finalmente se dedicar à sua área e ir em busca da vaga tão sonhada como profissional pelo qual se formou. Aí, o que ele encontra são seleções que estampam: “com experiência na área”; “com x anos de experiências”, e por aí vai. Situação difícil e comum, quando parece que ninguém quer ajudar esse novo profissional a dar seu primeiro passo.
Aí pensando nessa situação, me lembro da situação no futebol. Muitas vezes, um clube pega um ex-jogador para ser técnico. Experiência para tal, especificamente, ele não tem, mas ele tem o conhecimento, viveu dentro do campo, viu as táticas dos outros colegas que acabaram por ser efetivas, não só jogou, mas teve uma visão diferenciada e analítica do jogo, e por aí vai. Uma trajetória assim passa quem teve que estudar a graduação inteira e chega após a formatura e quer atuar como profissional da área, porém não encontra apostas no seu trabalho.
Claro, no futebol, todo esse conhecimento é pela vivência prática dentro de campo. Mas a analogia que quero fazer é que essa vivência é o que ele precisa para se fazer jogador, assim como para um aluno, é a vivência na faculdade que ele precisa para se fazer profissional
O aluno jogou durante 4 ou 5 anos em meio ao campo, jogadas das disciplinas, viu grandes mestres fazerem gols (aulas), viu como a sistemática dos clubes (empresas) funcionam e após toda essa vivência, ele se sente preparado para também dirigir um clube. No futebol, como sabem da trajetória de um jogador, o clube o aceita e aposta nele.
As empresas não deveriam fazer o mesmo com os recém-formados profissionais? Antes de exigir uma experiência sólida de atuação na área, as empresas deveriam conhecer o “aluno/jogador”, seus gols, seus passes certeiros, suas grandes jogadas, enfim, sua trajetória de conhecimento. Afinal, a prática só é bem feita quando aliada a uma consistente teoria, se não estaríamos na faculdade sem razão. E, ainda, é na faculdade que temos a chance de dar os passes errados, chutar as bolas para fora e, com esses erros, aprender para finalmente acertar no meio da rede.
Infelizmente falta um pouco de credibilidade e aposta por parte dos contratantes. Mas, como bons jogadores, quer dizer, como bons alunos que sabem o que realmente fizeram e o grau de sua formação e conhecimento, o próximo gol será certo, só basta achar o time!
Posted by uniRP | Posted on segunda-feira, abril 16, 2012
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No dia 03 de maio, o Curso de Relações Públicas da UNISC recebe a palestra de Claudia Palma, da agência Browse de Porto Alegre. Intitulada “Mundo virtual e real: o Planejamento integrando a comunicação on e offline”, a palestra é uma promoção da turma de Planejamento em Relações Públicas e acontece na sala 5328, a partir das 19h30min.

O objetivo da palestra é proporcionar aos acadêmicos, professores e profissionais da área um momento de reflexão sobre a atuação do profissional de Relações Públicas neste cenário da comunicação digital e ressaltar a importância da realização de um cuidadoso planejamento de comunicação, além de promover a troca de experiências e ideias entre os participantes. Todos os alunos e professores do Curso de Comunicação estão convidados, bem como profissionais da área interessados.
Posted by uniRP | Posted on sexta-feira, março 02, 2012
Categorias: curso de comunicação , mídias sociais , UNISC
Nos dias 21 e 22 de março, respectivamente quarta e quinta-feira, o Curso de Comunicação Social da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) irá realizar sua Aula Inaugural do primeiro semestre de 2012. No turno da noite, o evento irá ocorrer dia 21, no Anfiteatro do bloco 18, a partir das 19h30. Pela manhã, na Sala 101, a partir das 8 horas.

Para a manhã do dia 22, a aula inaugural será realizada com a presença de Luiz Antônio Araujo, jornalista diplomado pela Universidade Federal de Santa Maria, editor do caderno Cultura e repórter especial no jornal Zero Hora, comentarista da TVCOM e autor de “Binladenistão – Um Repórter Brasileiro na Região mais Perigosa do Mundo” (finalista do 52º Prêmio Jabuti de Literatura 2010).
Posted by uniRP | Posted on segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Categorias: profissão , Relações Públicas
Hoje temos o post da colega acadêmica de RP da UFRGS, Daniela Mattos, que gentilmente quis contribuir para o blog a entrevista que realizou com o Relações Públicas Wallace Ischaber.
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Diversos autores vêm trabalhando com a hipótese da função estratégica dos Relações Públicas nas organizações em função das atividades desempenhadas nesta área terem como base o planejamento. Por outro lado, cada vez mais as organizações preocupam-se com a sua imagem, em alguns momentos, mais até do que com a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos. Entretanto, o mundo organizacional está percebendo a necessidade de mudar essa cultura do "parecer" para, de fato, "ser" aquilo que prega em sua missão, visão e valores. Tal mudança abre espaço para um perfil de profissional mais atento a essas necessidades, para a sociedade em torno da organização. Este pode ser considerado o diferencial do Relações Públicas: a capacidade de diagnosticar, prever e determinar as estratégias mais adequadas a cada situação apresentada pelo ambiente.
Para Margarida Kunsch , aos Relações Públicas cabe assessorar os dirigentes estrategicamente, percebendo as oportunidades e possíveis dificuldades na comunicação, e também na imagem institucional na sociedade com a qual a organização se relaciona. Esses profissionais, segundo a autora, que avaliarão como o comportamento dos públicos e da opinião pública poderão afetar os negócios e a existência da organização. Diante deste cenário, mais do que pensar na gestão estratégica da comunicação, é preciso que o planejamento de Relações Públicas esteja alinhado com o planejamento estratégico.
Sendo assim, o que se pretende obter com esta entrevista, são algumas respostas acerca da prática das relações públicas, e se os profissionais atuantes no mercado, aqui representado por Wallace Ischaber, levam além da graduação esses preceitos intrínsecos à área. Pretende-se, com o material disponibilizado em formato de entrevista, demonstrar os caminhos possíveis para o Relações Públicas através da trajetória deste profissional que conseguiu, e consegue, vislumbrar na sua formação oportunidades sem limites. O qual observa que o mercado está aberto para aqueles que conseguem fazer bem o seu trabalho e trazer resultados para a empresa assessorada.
Wallace Ischaber, tem 34 anos, graduado em Relações Públicas em 2004 - Belo Horizonte/MG. O profissional mostra-se bastante convicto em relação à escolha da sua profissão. Em parte da sua carreira esteve envolvido com o meio acadêmico e conquistou alguns prêmios importantes. Apesar disso, segundo ele, seu lado prático sempre “falou” mais alto do que o teórico. Assim, ele deixou a vida acadêmica e resolveu enfrentar o mercado. E é nesse momento que sentiu a necessidade de procurar outras especializações, todas elas com algum vínculo à formação de RP, a qual define como “1ª e principal formação”. Atualmente Wallace atua como consultor e assessor, desenvolvendo projetos de relações públicas para pequenas e médias empresas e entidades de terceiro setor, atua também na área política e é assessor de comunicação digital do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas – CONFERP.
ENTREVISTA: Wallace Ischaber “Tenho orgulho em falar: sou Relações Públicas”
Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória profissional. Vimos que você tem várias especializações, o que fez você buscar a carreira de Relações Públicas?
WALLACE: Na verdade a minha 1ª e principal formação é a de Relações Públicas. Tenho orgulho em falar: “Sou Relações Públicas”! Em meu início de carreira fui muito ligado à área acadêmica, ainda como aluno atuava em uma agência experimental de Relações Públicas da instituição onde graduei, antes de concluir o curso eu já estava como coordenador adjunto desta agência. Então eu estava muito próximo de alunos e vivenciando e compartilhando experiências com professores. Neste período, conquistei algumas indicações e prêmios, em 2007 fui indicado ao Prêmio RP do Brasil - Categoria Profissional Revelação - no site http://www.rpdobrasil.com.br/, em 2006 obtive o 1º Lugar como Relações Públicas em Newsletter Digital em Comunicação e Cidadania e 3º Lugar em Eventos na 13ª EXPOCOM. Em 2005 conquistei o 2° Lugar no XXIII Concurso Nacional Universitário de Monografias e Projetos Experimentais de Relações Públicas - ABRP São Paulo - Categoria: Organizações do Terceiro Setor e o 1º Lugar com a Agência Júnior Experimental de Relações Públicas 12ª EXPOCOM, dentre outros.Mas meu lado prático sempre “falou” mais alto que o teórico. Desejando alçar outros vôos, deixei a vida acadêmica e fui ganhar asas no mercado. Minhas especializações vieram da necessidade imposta pelo mercado. Hoje uma simples graduação não é base para concorrer no acirrado mercado de trabalho. Mas não procurei especializações muito diferentes de minha realidade que sempre foi comunicação e RP. Atualmente são elas: Pós em Marketing, Comunicação Coorporativa, Comunicação Digital, Administração e Recursos Humanos.
Quais as suas atividades hoje?
WALLACE: Como filho mais velho, em uma família tradicional mineira, voltei ao lar e hoje sou responsável pelos negócios da família. Administro duas empresas em ramos bem diferentes, uma empresa de porte médio cujo negócio é manutenção de máquinas pesadas de mineração e a outra é uma transportadora interestadual de pequeno porte.Minha atividade principal ainda é a comunicação e as relações públicas, de onde vem meu sustento, meu “ganha pão”. Atuo como consultor e assessor, desenvolvendo projetos de relações públicas para pequenas e médias empresas e entidades de terceiro setor. Na área política, atuo na criação e gestão de campanhas, assim como assessoramento político para entidades e pessoas públicas em cargos eletivos. Também contribuo com minha profissão, sou assessor de comunicação digital do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas – CONFERP.
A sua formação como Relações Públicas é importante para o trabalho que você desenvolve?
WALLACE: Minha formação é tudo! Sem ela não existo, não teria como realizar o meu trabalho, o cerne de tudo que desenvolvo e faço foi aprendido na minha formação em Relações Públicas. É como médico, só é quem fez medicina. RP só é quem fez RP.Em minhas outras atividades já mencionadas, a formação de RP também é importantíssima. Uma formação em Relações Públicas não é um simples curso técnico, é um curso de ensino superior completo, onde também existe a grade básica e de suporte. É um curso de “formação” e profissionalização. Além de formar profissionais de Relações Públicas, formam e moldam pessoas também. Um curso superior também molda o senso crítico das pessoas.
Em sua opinião, a área de comunicação tem o espaço que merece no cenário das organizações contemporâneas?
WALLACE: A área de comunicação tem mais espaço do que merece. Hoje a preocupação é a comunicação, é a imagem e a publicização das ações.Nunca a comunicação teve tanto espaço nas organizações, para reduzir gastos, para aumentar vendas, para projetar imagem, para resolver ou fugir de problemas.
Quais profissionais compõem a Assessoria de Comunicação em que você atua? Há uma divisão clara nas atividades desenvolvidas entre as habilitações?
WALLACE: Hoje dependendo do projeto, trabalho com vários profissionais de várias áreas, de fotógrafos à titereiros. A multidisciplinaridade na comunicação é muito abrangente. Mas cada um faz aquilo que mais entende, não adianta demandar a confecção de um release a um publicitário ou o planejamento de percepção de imagem a um jornalista ou a criação de uma peça a um RP. É cada um no seu quadrado.
Em sua opinião, o profissional de Relações Públicas possui um papel de estrategista/estratégico ou ainda trabalha como executor de tarefas?
WALLACE: Depende do profissional, conheço e já trabalhei com profissionais de RP excelentes estrategistas e já trabalhei também com excelentes RP’s tarefeiros. Depende do perfil e da área de atuação daquele profissional.
Até que ponto você, como profissional de Relações Públicas, tem autonomia de tomar decisões na gestão da Comunicação Organizacional das organizações assessoradas?
WALLACE: É muito engraçada esta pergunta, até um médico tem limites na sua tomada de decisões, hora depende da ética, hora depende dos familiares do paciente. Com o profissional de relações públicas é a mesma coisa, vai depender do seu nível hierárquico, de sua função, da verba para o projeto ou setor e até mesmo do estado de espírito do patrão.Como assessor devo fazer o que me demandam, como consultor depende do cliente acatar as sugestões ou não, como administrador do próprio negócio, depende do meu desejo e vontade.
Quais as mudanças e os desafios para as Relações Públicas em um cenário de convergência e de ênfase na comunicação digital?
WALLACE: Hoje o profissional deve ser ágil, deve prever tudo. Vislumbrar os cenários, ter bom arcabouço teórico, se atualizar, ser “antenado”. Na prática pouca coisa mudou. Não ficou mais difícil, ficou mais rápido. O Profissional de RP deve ter respostas rápidas. Em compensação, multiplicaram as ferramentas e os meios. Há 15 anos, por exemplo, você não atingia um público interno ou “chão de fábrica” de uma metalurgia utilizando o e-mail, hoje estamos à frente do e-mail, com SMS, redes sociais e etc, isso só para citar como um exemplo rasteiro.
Quais as perspectivas para o profissional de Relações Públicas? Quais são as oportunidades hoje, em sua opinião, em que os profissionais de Relações Públicas podem empreender?
WALLACE: O mercado esta crescendo muito, mas se tornando também bastante exigente. Hoje temos oportunidades em todos os ramos e segmentos, basta abrir a cabeça, atender da melhor forma e superando as expectativas para dar aquilo que o cliente precisa. Alguns anos atrás, trabalhar a comunicação e imagem era coisa de empresa muito grande, multinacional ou grande empresa pública. Hoje qualquer negócio, empresa ou pessoa pública sabe da necessidade da construção de imagem e maximização dos lucros. O campo esta aberto, basta ser bom naquilo que faz. Durante toda a história de nossa sociedade, para os bons o espaço está garantido. Tem que saber fazer o trabalho direito e trazer resultados.
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Referências:
KUNSCH, M. M. K. . Planejamento e gestão estratégica de relações públicas nas organizações contemporâneas. In: VIII Congresso Latino-Americano de Pesquisadores da Comunicação, 2006, São Leopoldo, RS. VIII Congresso Latino-Americano de Pesquisadores da Comunicação. São Leopoldo, RS : Unisinos, 2006. v. 1. Disponível em: http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Kunsch.PDF Acessado em 07/12/2011.
Posted by Aline de Moura | Posted on quarta-feira, janeiro 18, 2012
Categorias: Memória Organizacional , público interno , Relações Públicas
Finalizei meu trabalho de conclusão do Curso de Comunicação Social – Hab. Em Relações Públicas final do ano passado, com apresentação para a banca e nota final 10. Achei interessante compartilhar a conclusão deste trabalho aqui no blog, tanto por ser um assunto relativamente novo, mas também por ter resultados bastante interessantes que servem tanto para nós profissionais debatermos, como para o meio acadêmico. Então lá vai...